
A Vale (VALE3) divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025. A mineradora reportou lucro líquido de US$ 1,394 bilhão atribuível aos acionistas, representando uma queda de 17% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o lucro foi de US$ 1,679 bilhão.
A receita líquida da companhia no trimestre somou US$ 8,119 bilhões, recuo de 4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de US$ 3,115 bilhões, uma diminuição de 9% na base anual.
O resultado veio abaixo das projeções de analistas consultados pela LSEG, que estimavam lucro de US$ 1,588 bilhão e receita de US$ 8,03 bilhões para o período. Para o Ebitda, a expectativa era de US$ 3,163 bilhões, um número estável frente ao ano anterior.
CEO da Vale, Gustavo Pimenta
Segundo o CEO da Vale, Gustavo Pimenta, o início de 2025 foi consistente com as metas traçadas pela companhia. “Estamos vendo um bom momento na gestão de custos, com nosso C1 atingindo US$ 21 por tonelada no 1º trimestre, continuando a trajetória de queda ano a ano. Nossos projetos de geração de valor continuam a progredir, sendo essenciais para aumentar a flexibilidade do portfólio e melhorar a eficiência operacional e de custos”, afirmou o executivo em comunicado.
O preço médio realizado dos finos de minério de ferro da Vale foi de US$ 90,8 por tonelada no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, impactado por uma redução de 16% nos preços de referência.
Além dos resultados consolidados, a Vale destacou que o lucro líquido “proforma” também ficou em US$ 1,394 bilhão no trimestre, recuando 13% na comparação anual. O Ebitda ajustado “proforma” foi de US$ 3,212 bilhões, queda de 8% em relação ao quarto trimestre de 2024.
A empresa
Fundada em 1942 como Companhia Vale do Rio Doce, a Vale é hoje uma das maiores mineradoras do mundo e líder global na produção de minério de ferro e níquel. A empresa nasceu a partir de uma iniciativa do governo brasileiro para explorar as riquezas minerais do país e, ao longo das décadas, expandiu suas operações internacionalmente.
Privatizada em 1997, a Vale diversificou sua atuação para além do minério de ferro, ampliando sua presença em metais básicos, fertilizantes e logística, com uma extensa malha ferroviária e portuária no Brasil. Atualmente, a companhia também aposta em iniciativas ligadas à transição energética, como projetos de mineração sustentável e redução da emissão de carbono.
Com sede no Rio de Janeiro e operações em mais de 30 países, a Vale é listada na B3 e em bolsas internacionais, como a NYSE. A mineradora é considerada estratégica para a economia brasileira e global, com forte influência nos mercados de commodities e infraestrutura.
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