Quem imaginaria que um comando de texto, escrito em uma conversa de chat, seria o suficiente para criar uma imagem realista, colorida e até artística em questão de segundos? Pois é exatamente isso que a nova atualização do ChatGPT oferece.
Disponível desde março, o recurso chegou de forma integrada ao sistema da OpenAI e tem chamado atenção não só pela simplicidade, mas também pelo impacto que vem causando entre criadores de conteúdo, profissionais da comunicação e usuários comuns.
Como gerar imagens no ChatGPT
Diferentemente de outras plataformas de geração de imagens, o diferencial aqui é que o usuário não precisa sair da interface do ChatGPT. Basta descrever o que deseja — em português mesmo — e o sistema entrega a imagem na mesma tela.
Você pode pedir algo direto, como “um astronauta passeando com um cachorro em Marte”, ou algo mais abstrato, como “um sonho visto por uma criança de três anos”. A IA interpreta os pedidos com base no modelo DALL·E 3 e cria a cena em segundos, com riqueza de detalhes.
Mesmo na versão gratuita, já é possível gerar duas imagens todos os dias. Para quem assina o plano Plus, o uso é ilimitado e permite até fazer ajustes e variações antes de decidir qual imagem salvar.
A moda agora é virar personagem do Studio Ghibli
A ferramenta ganhou destaque com a popularização dos retratos inspirados em animações japonesas. Usuários transformam suas selfies em personagens com olhos expressivos, cenários mágicos e traços suaves, no estilo dos filmes do Studio Ghibli.
Mas não para por aí: é possível pedir artes em aquarela, pôsteres retrô, cenas em preto e branco ou mesmo imitar o traço de quadrinhos europeus. “Faça um retrato de mim como personagem de um livro de fantasia” ou “gere uma imagem como se fosse capa de disco de vinil dos anos 70” são comandos que têm gerado resultados impressionantes.
Em meio a essa febre, muitas pessoas vêm redescobrindo a própria imagem — e até usando a ferramenta para expressar emoções, fases da vida ou ideias criativas que antes pareciam difíceis de visualizar.
A popularização da IA reacende velhos debates sobre arte
Se, por um lado, a novidade empolga, por outro, ela acende discussões. Artistas questionam o uso de bancos de imagens para treinar esses sistemas, muitas vezes sem permissão dos autores. Há também o receio de que a IA desvalorize o trabalho manual ou crie padrões visuais genéricos demais.
Mesmo assim, há quem veja nessa tecnologia uma aliada. Jornalistas, professores e empreendedores, por exemplo, têm usado o recurso para ilustrar matérias, montar apresentações ou simular cenários de projetos — tudo em poucos minutos e sem custo adicional.
A discussão, no fim das contas, é sobre uso consciente. Ferramentas de IA não substituem a sensibilidade humana, mas podem funcionar como uma pequena extensão da criatividade, principalmente quando operadas com ética e intenção clara.
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