Usiminas deve cortar plano de investimento se governo não reforçar defesa comercial

A Usiminas deve revisar para baixo a projeção de investir cerca de R$1,5 bilhão no Brasil este ano se o governo federal não adotar medidas de defesa comercial mais eficazes que as tomadas no ano passado, afirmou o presidente-executivo da siderúrgica, Marcelo Chara, nesta quinta-feira.

“Possivelmente vamos fazer um ajuste para baixo”, afirmou o executivo durante conferência com analistas sobre os resultados obtidos pela Usiminas no primeiro trimestre, divulgados mais cedo.

Se não foram tomadas medidas de defesa comercial, vamos revisar o plano de investimento no segundo semestre”, disse Chara.

A indústria siderúrgica cobra do governo a adoção de amplas medidas antidumping contra produtos siderúrgicos chineses, depois que a equipe técnica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio comprovou em março a existência de dano ao mercado brasileiro provocado por importações de aço laminado a frio a preços abaixo do custo de produção.

Além das medidas antidumping, que incluem outros tipos de aço, o setor também demanda uma revisão do sistema cota-tarifa de importação que foi estabelecido no ano passado.

Segundo Chara, o prazo para o governo implementar as medidas antidumping após a determinação de dano em março é outubro e o prazo para uma revisão do sistema cota-tarifa é maio.

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