Aracaju sediou nesta quinta-feira, 24, a cerimônia de entrega de 53 toneladas de arroz agroecológico, produzida por famílias quilombolas e da agricultura familiar de Sergipe, através do Programa Arroz da Gente – programa do Governo Federal que busca incentivar a produção de arroz pela agricultura familiar.
No estado, o programa prevê a comercialização de 128 toneladas de arroz, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), atendendo 8.981 famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional.
Com a produção de Sergipe, um total de 31 organizações, localizadas em 10 municípios sergipanos e duas localizadas nos municípios de Camaçari (Bahia) e de Montes Claros (Minas Gerais), recebem nesta quinta, o arroz produzido por 47 famílias quilombolas da Comunidade Tradicional da Resina, em Brejo Grande, e por 11 famílias da agricultura familiar de Monte Alegre.
O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, explica que o programa busca, além do suporte às famílias em situação de vulnerabilidade, a disseminação do plantio de arroz no país, que atualmente se concentra na região Sul, com 80% da produção total do Brasil.
“O objetivo final é garantir que o povo brasileiro, que o povo de Sergipe, que está em situação de vulnerabilidade ou toda a rede socioassistencial – como creches, escolas, hospitais, abrigos, asilos – possam receber esse arroz. As primeiras 53 toneladas de arroz, Sergipe saltou na frente e é o primeiro estado que colheu e estão sendo entregues para as cozinhas solidárias”, disse Edegar.
O programa garante assistência técnica, semente, financiamento com juros subsidiado e que 100% da produção, neste início do programa, será comprado pelo Governo Federal, para ser entregue a quem está esperando e quem passa necessidade.
Programa Arroz da Gente em Sergipe
O superintendente regional da Conab em Sergipe, Janderson Maués do Nascimento, comentou que a continuidade do programa será realizada efetivamente com mais entregas até o limite financeiro total do projeto.
“É um valor por projeto. Por exemplo, esse projeto da Comunidade Tradicional de Resina é de R$ 700 mil, então a gente remunera esse projeto. Cada quilo de arroz custa cerca de R$ 7 e aí, nesse limite, eles produzem até encerrar o projeto. Mas, como eles costumam trabalhar muito bem, eles terminam um projeto e entram em outro. Eles nunca param, sobretudo agora que estamos para contratar novos projetos em 2025”, afirmou.
Além disso, Janderson explicou que associações e cooperativas de todo o estado sergipano podem enviar suas propostas para participar do programa, através da produção do arroz, enviando uma proposta de participação.
“A gente pode receber a proposta e fazer a contratação de qualquer município. No começo do projeto, a Conab divulga nacionalmente que está com chamamento aberto para a contratação de novas propostas para fornecimento de alimentos. A gente faz a contratação e inicia o ciclo de execução”, finalizou.
por Carol Mundim e Aisla Vasconcelos
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