Café com BPM: bolsas globais iniciam mais uma semana de tensão comercial

As bolsas globais começam a semana com perdas, refletindo as mesmas preocupações que dominaram o mercado na semana anterior: a guerra comercial iniciada por Donald Trump com o anúncio de novas tarifas, feito no “Liberation Day”.

A abertura dos pregões asiáticos foi particularmente dramática, com o índice futuro da bolsa de Tóquio acionando o circuit breaker, enquanto os futuros de Nova York ampliavam as perdas provocadas pela escalada das tarifas de Trump, que foram prontamente respondidas pela China na mesma proporção.

A tensão crescente entre os EUA e a China aumentou o receio de uma possível recessão global, colocando os mercados em alerta máximo.

Durante o fim de semana, Trump, que estava na Flórida jogando golfe enquanto milhares de americanos protestavam contra seu governo, publicou em suas redes sociais: “Vamos ganhar, se preparem, não será fácil, mas o resultado final será histórico.” Agora, o mercado se vê em um cenário de total incerteza, sem saber o que esperar desta semana.

No sábado, entrou em vigor a tarifa de 10% sobre os produtos importados pelos Estados Unidos de mais de 180 países. Já as tarifas mais altas, como os 34% para a China e os 20% para os países da União Europeia, começarão a ser cobradas na quarta-feira (dia 4). Por sua vez, Pequim anunciou que a partir de quinta-feira (11) iniciaria a cobrança das suas tarifas sobre os produtos americanos.

EUA

O pregão desta segunda-feira reflete um clima de perdas nos mercados globais, com os investidores buscando ativos mais seguros, enquanto os efeitos das tarifas de Trump continuam a se espalhar.

No fim de semana, os investidores demonstraram frustração pela falta de progresso nas negociações do governo Trump para reduzir as tarifas com outros países.

Além disso, não houve sinal de que o governo consideraria adiar o pacote de tarifas recíprocas, que devem entrar em vigor em 9 de abril. A tarifa inicial de 10% já foi implementada no sábado.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -3,17%

S&P 500 Futuro: -3,30%

Nasdaq Futuro: -3,65%

Bolsas asiáticas

Na Ásia, o medo gerado pela guerra tarifária ficou evidente durante o pregão desta segunda-feira. Os mercados mostraram uma profunda apreensão com a guerra tarifária desencadeada por Trump e suas tarifas recíprocas.

A retaliação da China, feita na sexta-feira, quando era feriado no país, teve grande repercussão, resultando em quedas significativas que não eram vistas há anos. Hong Kong liderou as perdas com uma queda superior a 13%, e o Japão chegou a interromper o pregão por conta do circuito breaker.

As bolsas em toda a região sofreram fortes quedas, alcançando os níveis mais baixos em muito tempo.

Shanghai SE (China), -7,34%

Nikkei (Japão): -7,83%

Hang Seng Index (Hong Kong): -13,22%

Kospi (Coreia do Sul): -5,57%

ASX 200 (Austrália): -4,23%

Bolsas europeias

Na Europa, os índices caem para suas mínimas em 16 meses, com o receio de uma recessão em vista após a declaração de Trump de que não fecharia um acordo com a China enquanto o déficit comercial dos EUA não fosse resolvido. Isso desencadeou uma nova onda de vendas nos mercados.

A União Europeia está avaliando um conjunto de contramedidas, com tarifas que poderiam afetar até US$ 28 bilhões em importações dos Estados Unidos nos próximos dias.

O Banco Central Europeu (BCE) estimou que uma tarifa geral dos EUA poderia reduzir o crescimento da zona do euro em 0,3 ponto percentual no primeiro ano, com as contratarifas da UE ampliando o impacto em meio ponto percentual.

Com as perspectivas cada vez mais sombrias, as apostas em cortes nas taxas de juros pelo BCE e pelo Federal Reserve (Fed) aumentam.

FTSE 100 (Reino Unido): -3,82%

DAX (Alemanha): -4,41%

CAC 40 (França): -4,39%

FTSE MIB (Itália): -4,69%

STOXX 600: -4,23%

Ibovespa: agenda do dia

O início dos pregões asiáticos foi dramático, com o índice futuro da bolsa de Tóquio acionando o circuit braker, enquanto os futuros de NY ampliavam as perdas do tarifaço de Trump, revidado pela China nas mesmas proporções.

A guerra comercial entre EUA e a China colocou os mercados no modo pânico, por elevar o risco de recessão global.

Donald Trump passou o fim de semana na Flórida jogando golfe e, enquanto milhares de americanos foram às ruas para protestar contra seu governo, ele postou em sua rede social: “Nós vamos ganhar, aguardem firmes, não será fácil, mas o resultado final será histórico.”

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