Dívida global supera US$ 100 trilhões, segundo OCDE

Foto: Pexels/mercado financeiro

A dívida pública e corporativa em todo o mundo ultrapassou US$ 100 trilhões em 2024. A informação foi divulgada na quinta-feira (20) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que destacou o impacto da elevação dos custos com juros, levando tomadores de empréstimos a enfrentar escolhas difíceis e a priorizar investimentos produtivos.

Entre 2021 e 2024, os custos com juros, como parcela da produção, subiram do nível mais baixo para o mais alto dos últimos 20 anos. Os gastos dos governos com pagamentos de juros atingiram 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto) em seus países-membros, superando os gastos com defesa, conforme apontou a OCDE em um relatório sobre a dívida global.

Embora os bancos centrais estejam cortando as taxas de juros no momento, os custos de empréstimos seguem muito mais altos do que antes das elevações iniciadas em 2022. Dessa forma, a dívida com taxas mais baixas continua sendo substituída, e os custos com juros provavelmente permanecerão em alta no futuro.

Isso acontece em um momento em que os governos enfrentam grandes despesas. O Parlamento da Alemanha aprovou nesta semana um plano para impulsionar a infraestrutura e reforçar os gastos com defesa na Europa. Além disso, os custos de longa data da transição ecológica e do envelhecimento da população estão se tornando desafios cada vez mais urgentes para as principais economias.

“Essa combinação de custos mais altos e dívidas mais altas corre o risco de restringir a capacidade de empréstimos futuros em um momento em que as necessidades de investimento são maiores do que nunca”, afirmou a OCDE em seu relatório anual sobre a dívida. As informações foram obtidas pelo Investing.

Mercado de dívida aquece com melhora no apetite dos investidores

mercado de dívida brasileiro tem mostrado sinais de aquecimento, conforme a análise de especialistas ouvidos pelo BP Money, devido à elevação nas emissões de títulos e a busca por rendimentos mais elevados. 

Com a alta das taxas de juros e as expectativas de inflação, a demanda por ativos de dívida tem se intensificado, criando oportunidades, mas também desafios para os investidores.

Victor Deischl, CFA, cofundador da Rubik Capital, destaca que o aquecimento do mercado de crédito tem sido impulsionado pela elevação da taxa Selic.

“Com taxas de juros mais altas, os investidores estão sendo muito bem remunerados para correr menos risco do que na renda variável”, explica Deischl, acrescentando que a alta da Selic tem beneficiado especialmente os fundos de crédito, que captaram R$ 200 bilhões em 2024, um crescimento expressivo comparado a outros segmentos de investimento. 

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