YouTube também venderá assinatura de outros serviços de streaming

O YouTube já permite que usuários assinem serviços como Paramount+ e Crunchyroll diretamente pela plataforma em alguns países, mas essa funcionalidade ainda é pouco explorada.

Agora, de acordo com o site The Information, a empresa está preparando uma reformulação para dar mais visibilidade às assinaturas de terceiros, o que pode transformar o YouTube em um grande hub de streaming, similar ao Amazon Prime Video.

A mudança deve ocorrer por meio da melhoria na área Primetime Channels, lançada em 2022, que permite a integração de serviços externos sem que o usuário precise sair do YouTube.

Atualmente, a baixa visibilidade dessa seção tem limitado a adesão do público e a ampliação de parcerias.

Novo design pode integrar conteúdos de forma mais fluida

A proposta da reformulação é tornar o conteúdo dos streamings parceiros mais acessível e integrado à experiência do usuário.

Segundo Kurt Wilms, diretor sênior de produtos do YouTube, a intenção é que, ao buscar por um programa ou filme, ele apareça entre os conteúdos tradicionais da plataforma, sem distinção evidente entre vídeos do YouTube e materiais dos serviços externos.

Divulgação/YouTube

A estratégia é semelhante ao que já acontece no Amazon Prime Video, que recomenda filmes e séries de plataformas terceiras dentro de seu catálogo, incentivando os usuários a assinarem novos serviços diretamente na plataforma.

O YouTube vem consolidando sua posição como um dos principais destinos de conteúdo digital, e a inclusão de mais serviços de streaming pode torná-lo ainda mais competitivo no setor

O YouTube tem passado por diversas mudanças para aumentar o tempo de retenção dos usuários. Recentemente, a empresa testou um recurso que permite acelerar vídeos em até quatro vezes, tornando o consumo de conteúdo mais dinâmico.

Além disso, a plataforma vem investindo na criação e distribuição de podcasts, um mercado que já ultrapassa 1 bilhão de espectadores mensais no YouTube.

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Expansão global e possível chegada ao Brasil

Atualmente, as assinaturas via Primetime Channels estão disponíveis apenas em alguns países, como os Estados Unidos, mas a reformulação pode ser um indicativo de que o YouTube pretende expandir esse serviço para novas regiões.

Ainda não há informações oficiais sobre a chegada dessa funcionalidade ao Brasil, mas se a estratégia for bem-sucedida, a empresa pode ampliar a oferta globalmente.

Enquanto isso, a plataforma também enfrenta polêmicas. Nos últimos meses, usuários que utilizam adblockers foram impactados por anúncios de longa duração, que chegam a três horas, como forma de desestimular o uso desses bloqueadores de publicidade.

Com essas reformulações, o YouTube busca se posicionar como o ecossistema final e mais completo de entretenimento, combinando vídeos tradicionais, podcasts e agora, possivelmente, um catálogo robusto de serviços de streaming.

Fonte: The Information

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