Lagarde vê inflação retornando à meta, mas cenário global eleva incerteza

Christine Lagarde / Foto: Reprodução/Redes Sociais

A presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, destacou nesta segunda-feira (10) que a autoridade monetária segue focada em assegurar que a inflação retorne, de forma sustentável, à meta de 2% ao ano na zona do euro. Contudo, Lagarde reforçou que as perspectivas para o comportamento dos preços são bastante incertas, considerando as questões comerciais.

“Maior atrito no comércio global tornaria a perspectiva de inflação da zona do euro mais incerta”, disse Lagarde, de acordo com “Valor”, após revelar que, em seu cenário básico, a inflação deve retornar à meta ao longo deste ano.

“Seguiremos uma abordagem dependente de dados e reunião por reunião para determinar a postura apropriada da política monetária. Não estamos nos comprometendo previamente com uma trajetória específica para os juros”, afirmou a dirigente durante discurso no Parlamento Europeu.

Nos cálculos do BCE, a maior parte das medidas de inflação subjacente “sugere que a inflação se estabilizará em torno da meta de forma sustentada”, em um momento em que as condições de financiamento seguem apertadas, mas com empréstimos menos custosos.

Christine Lagarde: crescimento da zona do euro está perdendo força

Christine Lagarde, a presidente do BCE (Banco Central Europeu), avaliou que a zona do euro está perdendo força de crescimento e que a recuperação da economia está mais lenta do que o esperado. Os riscos à estabilidade financeira seguem elevados, de acordo com a dirigente, enquanto os relativos ao crescimento estão inclinados para baixo.

Após ser anunciada a decisão da instituição de fazer um corte de juros em 25 pontos-base, uma coletiva de imprensa foi realizada na quinta-feira (12), quando Lagarde comentou que a inflação doméstica está alta e que o cenário é reflexo da pressão salarial e de serviços.

“Esperamos que a inflação flutue perto do nível atual no curto prazo”, explicou ela, segundo o “InfoMoney”. Além disso, a dirigente também citou que, dentre os riscos para a inflação, está a baixa confiança, as tensões geopolíticas e o baixo investimento.

“Ainda não vencemos a luta contra a inflação, mas ela está no caminho para alcançar a meta de 2% no médio prazo”, acrescentou a presidente do BCE.

Em paralelo a isso, Lagarde ressaltou que as exportações da zona do euro devem apoiar a recuperação econômica, caso as tensões comerciais aumentem. Já quanto à trajetória do juros pelo BCE, ela reafirmou que não há uma trajetória predeterminada e que as decisões dependerão de dados.

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