Adrien Brody defende seu trabalho em ‘O Brutalista’ e responde polêmica sobre uso de IA

Homem sorrindo segurando buquê de flores na estação.

O ator Adrien Brody, favorito para ganhar o Oscar de Melhor Ator por ‘O Brutalista’, falou recentemente sobre a polêmica envolvendo o uso de IA no filme.

Em uma entrevista à Vanity Fair, o astro destacou o trabalho árduo que desempenhou no papel.

“É bem evidente. Primeiramente, sou filho de húngaros e cresci com essa língua falada em minha casa. Na verdade, até integrei, dentro do diálogo em húngaro, palavrões que não estavam no roteiro. Fico feliz que o Brady tenha conseguido esclarecer muitas coisas em suas declarações”, afirmou.

“Obviamente, o processo de pós-produção dele tocou apenas em algumas falas em húngaro. Nenhum aspecto do dialeto foi alterado; isso foi feito através de muito trabalho árduo com nossa maravilhosa treinadora de dialeto, Tanera Marshall. Todos nós trabalhamos incrivelmente duro nisso, e todos sabemos disso”, acrescentou.

O ator também expressou sua frustração com o desmerecimento do trabalho da equipe.

“Isso faz parte do processo. O Brady é um cineasta muito sensível e reflexivo. Não houve tecnologia implementada que tirasse o trabalho das pessoas. É um processo de pós-produção bem típico. Acho que todos nós sabemos a verdade”, ressaltou.

Homens abraçados em frente a ônibus verde.
o brutalista 2

Anteriormente, o editor Dávid Jancsó havia revelado o uso de IA para naturalizar a pronúncia dos diálogos em húngaro para garantir uma precisão histórica e cultural significativa à narrativa.

“Judy Becker e sua equipe não usaram Inteligência Artificial para criar ou renderizar nenhum dos prédios. Todas as imagens foram pintadas a mão por artistas. Para esclarecer, no vídeo memorial apresentado no fundo de uma cena, nossa equipe criou imagens que intencionalmente pareciam renderizações ruins dos anos 80.”

Ele completa, “‘O Brutalista’ é um filme sobre a complexidade humana, e todos os aspectos de sua criação foram gerados por esforço humano, criatividade e colaboração. Nós estamos incrivelmente orgulhosos da nossa equipe e do que ela alcançou.”

Casal abraçado em ambiente iluminado
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ENTENDA…

Em uma recente entrevista ao RedShark News, o editor Dávid Jancsó revelou que o time criativo responsável pelo longa-metragem, que contou com o diretor Brady Corbet, não mediu esforços para garantir uma precisão histórica e cultural significativa à narrativa – e, considerando que boa parte do filme é falado em húngaro, parte do elenco tinha dificuldades em pronunciar os diálogos com fluidez.

Dessa forma, tomou-se a decisão de utilizar um programa ucraniano conhecido como Respeecher para “nativizar” possíveis equívocos dos atores.

“Eu sou falante nativo de húngaro e sei que essa é uma das línguas mais difíceis de serem pronunciadas”, Jancsó explicou. “Mesmo com o histórico húngaro de Adrien [a mãe de Brody é uma refugiada húngara que emigrou aos Estados Unidos em 1956], não é tão simples. É uma linguagem bastante única. Nós guiamos [Adrien e Felicity] e eles fizeram um trabalho fabuloso – mas também queríamos aperfeiçoá-lo para que nem os nativos percebessem qualquer diferença”.

O editor afirma que foram necessários ajustes para aprimorar letras específicas de seus sons vocais: “se você vem do mundo anglo-saxão, certos sons podem ser particularmente difíceis de entender. Primeiro tentamos abordar esses elementos mais difíceis com os atores. Então tentamos abordar completamente com outros atores, mas isso simplesmente não funcionou. Então procuramos outras opções de como melhorá-los”.

“É polêmico na indústria falar em IA, mas não deveria ser”, Jancsó completa. “Deveríamos ter uma discussão muito aberta sobre quais ferramentas a IA pode nos fornecer. Não há nada no filme usando IA que não tenha sido feito antes. Isso apenas torna o processo muito mais rápido. Usamos IA para criar esses pequenos detalhes que não tínhamos dinheiro ou tempo para filmar”.

Lembrando que o filme chega aos cinemas nacionais em 20 de fevereiro.

A trama é centrada na vida do arquiteto visionário László Toth (Brody), recém-fugido da Europa, que chega aos Estados Unidos em busca de reconstruir sua vida por completo, incluindo seu trabalho e principalmente seu casamento, após uma separação forçada. Sozinho em um novo país, encontrará quem reconheça seu talento para a construção, mas o preço disso pode ser alto.

Andrew LaurenD.J. Gugenheim entram como produtores ao lado de Brian YoungTrevor MatthewsNick Gordon.

Cartaz do filme 'O Brutalista' com Estátua da Liberdade.
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