A verdade sobre limpar moedas antigas: prática reduz o valor dos itens?

No universo da numismática, o Brasil figura como um país com um rico acervo de moedas históricas.

Muitas dessas têm potencial de serem vendidas a preços elevados, atraindo colecionadores e investidores. Entretanto, surge uma questão crucial: é seguro limpar uma moeda antiga para melhorar a aparência dela?

A limpeza inadequada pode interferir no valor do item, já que a pátina natural (oxidação no metal da moeda), resultado de reações químicas ao longo do tempo, é uma característica valorizada pelos colecionadores.

Portanto, é fundamental estar bem informado sobre como proceder.

Moedas antigas não podem ser limpas de qualquer jeito – Imagem: reprodução

O dilema de limpar ou não limpar

Não há regras que impeçam a limpeza de moedas antigas. Contudo, os especialistas alertam que, ao remover a camada superficial, o valor da peça pode diminuir.

A pátina, que muitas vezes dá uma coloração única, é parte do apelo histórico da relíquia.

Materiais necessários para uma limpeza cuidadosa:

• Sabão neutro;

• Vinagre de álcool;

• Bicarbonato de sódio;

• Pasta de polimento de metais;

• Água destilada;

• Toalha macia;

• Toalha de papel;

• Palito de dente;

• Escova de dentes velha, de cerdas macias;

• Tigela de vidro;

• Estopa.

Passos para uma limpeza adequada:

• Segure o objeto pela borda e lave-o sob água morna corrente;

• Esfregue suavemente com sabão neutro usando as pontas dos dedos;

• Deixe de molho em água destilada morna por 30 minutos;

• Enxágue em água morna e seque com uma toalha macia.

História monetária do Brasil

O país já utilizou várias moedas ao longo de sua história, devido a mudanças econômicas e políticas.

Desde o período colonial até o atual Real, a evolução monetária traz a marca do contexto histórico de cada época. Veja a seguir a cronologias das moedas brasileiras:

Desde o Império, o material das moedas foi alterado para garantir durabilidade.

Ligados à manutenção do padrão monetário, o bronze e o cuproníquel substituíram o cobre. Após a proclamação da República, o padrão Réis continuou até 1922, quando o custo do ouro inviabilizou sua cunhagem.

A complexidade em determinar o valor comercial de tais moedas é destacada por Plínio Pierry.

Moedas com erros de cunhagem são especialmente difíceis de avaliar devido à falta de registros precisos sobre sua emissão.

Um desafio para os colecionadores, mas também uma oportunidade para quem detém tais raridades.

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