Braskem é condenada a indenizar vítima em Maceió

Crédito: CMA

A Braskem (BRKM5) foi condenada pela primeira vez a indenizar uma vítima do rompimento de mina de sal-gema de sua propriedade em Maceió, conforme decisão da 8ª Vara Cível da capital de Alagoas, noticiada pelo Globo.

Na sentença, a juíza Eliana Normande Acioli reconheceu que Valdemir Alves dos Santos, residente no bairro de Flexal de Baixo, sofreu danos morais e determinou que a empresa pagasse R$ 20 mil como compensação.

O prejuízo causado pela desvalorização do imóvel será avaliado por perícia. Valdemir tem se destacado entre os envolvidos na batalha judicial das vítimas afetadas pela tragédia envolvendo a petroquímica.

Braskem (BRKM5)

A tragédia de Maceió envolvendo a Braskem refere-se ao desastre geológico ocorrido em bairros da cidade de Maceió, Alagoas, relacionado à exploração de sal-gema pela empresa Braskem. O problema teve início com o surgimento de rachaduras e afundamentos de solo, afetando diversas comunidades locais, como os bairros de Pinheiro, Mutange, Bebedouro e parte de Bom Parto e Farol.

A exploração de sal-gema pela Braskem, que é uma atividade industrial para obtenção de cloro e soda cáustica, foi apontada como responsável pelo fenômeno. A extração subterrânea da sal-gema provocou subsidência do solo, levando a danos estruturais graves em residências, com rachaduras em paredes e pisos, além de afetar o sistema de drenagem e redes de água e esgoto.

Como consequência, milhares de moradores dessas áreas foram impactados, enfrentando problemas como desvalorização de imóveis, dificuldades de segurança estrutural e impactos psicológicos. A tragédia gerou uma série de processos judiciais movidos pelos moradores contra a Braskem, buscando indenizações por danos morais, materiais e compensações pela perda de qualidade de vida e segurança.

O caso ganhou grande repercussão nacional devido à escala do desastre e à luta das comunidades afetadas por justiça e reparação.

A companhia

A Braskem é uma das maiores empresas petroquímicas das Américas e líder na produção de resinas termoplásticas na América Latina. Fundada em 2002, a empresa tem sede no Brasil e é controlada pelo grupo Odebrecht, junto com a Petrobras.

Ela atua na produção de uma ampla gama de produtos petroquímicos, incluindo polipropileno, polietileno e PVC, que são utilizados em diversos setores industriais, como embalagens, construção civil, automotivo, entre outros. Além do Brasil, a empresa possui operações nos Estados Unidos, México, Alemanha e outros países, atendendo clientes em todo o mundo.

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