CSN nega descumprimento de decisão judicial sobre ações da Usiminas

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Foto: Divulgação

A CSN negou, nesta terça-feira (30), que tenha descumprido a decisão judicial para vender todas as ações da Usiminas (USIM5). De acordo com a companhia, não houve o decurso do prazo estipulado pelo juízo para a alienação dos papéis.

“Sobre o processo… ainda pendem recursos e o mesmo tramita sob segredo de Justiça”, acrescentou a CNS.

Na segunda-feira (29), a Usiminas (USIM5) anunciou, em fato relevante, que a rival descumpriu a decisão determinada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

“A companhia confirma… que houve o decurso do prazo estipulado pelo juízo para a alienação das ações, sem que a CSN tenha cumprido tal decisão judicial”, afirmou a Usiminas (USIM5), sem dar detalhes sobre o prazo.

A decisão judicial determina que a CNS venda as ações que detém da Usiminas (USIM5) até que sua fatia ocupe menos de 5% do capital total. Hoje, a companhia detém 12% dos papéis da rival.

A Usiminas e CSN são consideradas duas das maiores produtoras de aço plano do Brasil, cerca de 70% do mercado é concentrado por ambas, tendo concorrência com a Gerdau (GGBR4) e a ArcelorMittal.

Usiminas (USIM5) atribui 2TRI24 ruim ao câmbio e aumentará valor do aço

Usiminas (USIM5) demonstrou um prejuízo líquido de R$ 100 milhões no 2TRI24, o que fez as ações despencarem 23,31%, no pregão desta sexta-feira (26). Em teleconferência, a empresa atribuiu os resultados ruins à desvalorização do real frente ao dólar e à alta importação do aço.

Além disso, a Usiminas comentou sobre a operação do alto forno 3, da usina Ipatinga (MG), cujo equilíbrio de funcionamento só foi alcançado recentemente, após a reforma no ano passado.

“O primeiro semestre de 2024 estávamos focados na estabilidade operacional, no rump up do alto-forno 3, coisa que finalizamos no final do semestre”, disse Marcelo Chara, CEO da Usiminas. 

“Tivemos também alguns impactos, como efeitos não recorrentes das mudanças no câmbio, com depreciação entre o real e o dólar”, afirmou, de acordo com o “InfoMoney”.

A depreciação do real pressiona os custos de insumos e matéria-prima, que tem alto componente do dólar, incluindo carvão coque, minério e semi-elaborados, segundo o CEO.

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