Usiminas (USIM5): ações desabam mais de 17% após balanço

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Foto: Divulgação

As ações da Usiminas (USIM5) enfrentam forte queda nesta sexta-feira (26), após a divulgação do balanço de resultados referentes ao segundo trimestre de 2024.

Por volta das 11h (horário de Brasília), os papéis da companhia recuavam 17,39% e estavam cotados a R$ 6,87.

A Usiminas reportou um resultado líquido negativo de R$ 99,7 milhões, uma reversão em comparação ao lucro de R$ 287,3 milhões do mesmo período do ano anterior. O prejuízo reflete impactos de variações nas receitas, despesas operacionais e perdas cambiais significativas.

De acordo com o Bradesco BBI, o destaque negativo ficou para o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de  R$ 247,2 milhões, uma redução de 33% em relação ao 2TRI23.

O resultado ficou 22% abaixo do consenso e 34% abaixo da projeção do mercado. A diferença em relação ao modelo é explicada principalmente pelos resultados mais fracos do que o esperado em sua divisão de aço.

“Observamos que os preços e despesas realizados do aço no trimestre foram piores do que nossas expectativas. Também observamos que os preços realizados do aço caíram 1% no trimestre no 2T24. Quanto à sua divisão de mineração, o Ebitda se recuperou 84% na base trimestral para R$ 153 milhões no trimestre, impulsionado por preços realizados mais fortes (+17% na base trimestral) e volumes ligeiramente melhores”, avaliaram os analistas do BBI.

O BBI apontou que, embora já esperasse uma reação negativa do mercado a esses resultados, acredita que todos os olhos estarão voltados para o tom da gerência durante a teleconferência – já que a magnitude das melhorias trimestrais mencionadas no guidance da empresa ainda não está clara.

O banco tem recomendação de compra para a Usiminas e continua esperando que seu momentum de lucros acelere no segundo semestre.

Mais dados do 2TRI24 da Usiminas (USIM5)

A receita líquida foi de R$ 6,3 bilhões, marcando uma redução de 8% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, com decréscimos nas vendas no mercado interno e externo de 5% e 19%, respectivamente.

Os custos dos produtos vendidos foram de R$ 6,02 bilhões, um aumento de 3% em relação ao 2T23, levando a um lucro bruto de R$ 328,2 milhões, que representou uma diminuição de 44% em relação ao ano anterior. A margem bruta ajustada de 8% para 5% reflete esses custos.

O endividamento da empresa se ajustou para R$ 998 mil ao final do 2T24, mostrando um aumento de 222% em relação ao ano anterior. A relação dívida líquida/Ebitda ajustado subiu para 0,79x, de 0,41x no 2T23.

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