Nova profissão: piloto de drone pode faturar até R$ 12 mil por mês

A profissão de piloto de drones está em franco crescimento no Brasil, com remunerações que podem chegar a R$ 12 mil. A demanda por esses profissionais se intensificou em diversos setores, como indústria, serviços e agronegócio.

Entre 2017 e 2022, o número de trabalhadores qualificados nessa área aumentou em 130%, enquanto o crescimento total de empregados com carteira assinada foi de apenas 14%. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) destaca essa evolução significativa.

Piloto de drones é a nova profissão do mercado e faltam pessoas qualificadas – Imagem: NewJadsada/Shutterstock

Histórias de profissionais bem-sucedidos

Guilherme Bender

Guilherme Bender, ex-gerente de restaurantes na China, iniciou sua carreira como piloto de drones em 2020.

Durante uma visita ao Rio de Janeiro, a pandemia o impediu de retornar à China, e ele encontrou nessa nova profissão uma oportunidade de recomeço. Hoje, Bender realiza inspeções em indústrias de óleo, gás e mineração.

“Comprei um drone com um amigo e começamos fazendo filmagens. Agora, atuo na inspeção industrial”, relata Bender.

Adauto Boza Júnior

Adauto Boza Júnior, de 24 anos, trocou a carreira militar pelo comando de drones em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ele afirma que a demanda no agronegócio é alta devido à precisão e eficácia das aeronaves.

“Além do trabalho na fazenda, utilizo os drones para foto e filmagem. O mercado é versátil e mantém a atividade constante”, explica Boza Júnior.

Desafios e oportunidades da área

Mateus Maia, com quase uma década de experiência, migrou da pilotagem de helicópteros para a gestão da DR1, empresa que oferece serviços de inspeção por drones. No entanto, ele destaca a dificuldade em encontrar profissionais capacitados.

“Os treinamentos são curtos e não oferecem a vivência necessária. A demanda é grande e nossos funcionários são constantemente procurados pela concorrência”, afirma Maia.

Capacitação e formação

Guilherme Dias, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-SP), destaca a importância da formação.

“Os cursos foram implantados para atender à demanda e qualificar profissões já existentes. O drone complementa, não substitui”, afirma Dias.

Segundo Gabriel Sakita, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a demanda por cursos de pilotagem de drones explodiu nos últimos anos. Em 2017, 230 alunos estavam inscritos; em 2022, esse número saltou para 14 mil.

Entrada no mercado de trabalho

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-RJ) também oferece cursos de pilotagem e captação de imagens.

Claudio Tangari, assessor de inovação, destaca que, apesar da entrada fácil na profissão, é necessário treinamento em regulamentos, teoria e prática.

Assim, a profissão de piloto de drones não só oferece boas remunerações, mas também se mostra uma área em expansão com múltiplas oportunidades.

Com a crescente demanda por capacitação, o mercado se torna cada vez mais promissor para esses novos profissionais.

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