Ouro fecha em queda, pressionado por dólar forte e avanço dos juros dos Treasuries

O ouro fechou em queda nesta quinta-feira, 27, pressionado pela alta dos juros dos Treasuries e pelo avanço do dólar no exterior, a medida que investidores digerem a confirmação de tarifas por parte dos EUA sobre produtos do Canadá e México para 4 de março.

O ouro para abril fechou com queda de 1,18%, a US$ 2.895,90 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O presidente dos EUA, Donald Trump, além de reiterar as tarifas sobre seus vizinhos, anunciou hoje que “da mesma forma a China será sujeita a uma tarifa adicional de 10%” na mesma data e que as chamadas “tarifas recíproca” estão previstas para 2 de abril.

As falas do republicano provocaram um alta do dólar, o que é um obstáculo para o ouro, pois é um ativo porto-seguro concorrente e encarece a compra de commodities denominadas na divisa americana pelos compradores internacionais.

O metal precioso está sob pressão também devido à realização de lucros, afirmam os analistas da SP Angel. Os fundos negociados em bolsa têm reduzido suas participações após um recente salto nos fluxos de entrada, diz a SP Angel. “Cerca de 4.639 onças foram vendidas na quarta-feira, embora as participações em ETFs permaneçam em alta de 2,9% no acumulado do ano”, escrevem os analistas.

Embora o ouro de longo prazo tenha uma vantagem considerável acima de US$ 3.000 a onça-troy, a TD Securities acredita que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) se inclinará para apoiar seu mandato de emprego máximo e a inflação permanecerá elevada, o que deve fazer o metal dourado cair por enquanto.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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