Dermatologista Cynthia Medeiros explica regra do “ABCDE” para detecção de câncer de pele

câncer de pele

A regra do “ABCDE” para entender os sinais de alerta de câncer de pele foi explicada pela dermatologista Cynthia Medeiros, em entrevista na manhã desta quarta-feira (11), na Rádio Transamérica, da Rede Tribuna. O método é simples, e pode evitar casos mais graves da doença que é o tipo de câncer mais comum no país, correspondendo a 31% de todos os diagnósticos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Conforme explicou Cynthia, a letra A, está associada a percepção de uma lesão assimétrica. Enquanto a B, se refere as bordas irregulares de uma pinta, que deve ser sinal de atenção, assim como a cor, representada pela letra C. Caso haja várias cores diferentes isso deve ser interpretado como um sinal para procurar um especialista.

Em seguida, D, que significa que deve ser observado o diâmetro, quando aquela lesão cresce mais do que 6 milímetros. E, por fim, a letra E, que assinala quando aquela pinta apresenta uma evolução. Se cresceu, sangrou ou se modificou de alguma forma, vá ao dermatologista.

Outros sinais podem ser observados, como lesões ásperas, verrucosas, com toque espinhento e em área do corpo que tendem a ser fotoexpostas: rosto, colo, braço e na cabeça para pessoas calvas. Ainda hoje, o câncer de pele tem a periculosidade subestimada pela sociedade. Nesse sentido que aparece a campanha de Dezembro Laranja, que sublinha a importância do cuidado e do tratamento. Os tipos de lesões na pele podem ser divididas em três grupos.

Aquela lesão chamada de “benigna”, que tende a ficar restrita à pele e somente em casos raros pode causar metástase. O segundo, que passa a ter essa probabilidade aumentada e, por último o mais temido, que é o melanoma. Neste caso, a metástase provavelmente já está em andamento.

Segundo explica a dermatologista, quando diagnosticado, o tratamento é feito por meio de retirada cirúrgica. Ela também conta que a diferença entre as lesões causa retiradas cirúrgicas diferentes. No caso caso de melanomas, as margens cirúrgicas são mais extensas e profundas. Há, também, casos em que é necessário realizar quimioterapia ou radioterapia após a cirurgia.

Por isso, o lema de Cynthia, uma referência no tema, é que, em caso de desconfiança, já procure um médico. “É preferível chegar com uma lesão que não é nada no consultório, do que descobrir tardiamente, quando já se tem um melanoma, que é uma noticia triste”, ela sinaliza, ainda que possua tratamento. Mas isso pode ser evitado, uma vez que a exposição ao sol continua sendo o principal fator causador de câncer de pele. A recomendação para além de evitar bronzeamento – artificial ou não -, usar filtro solar, não permanecer períodos prolongados de baixo do sol e saber que, 15 minutos de luz do sol no corpo por dia, já é suficiente.

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