Documentário sergipano premiado terá lançamento gratuito em Aracaju

(Foto: Assesoria de Imprensa)

‘De tudo um pouco sabia costurar’, esse é o título do documentário produzido em Sergipe, no Nordeste brasileiro, sob a ótica e narrativa de Dona Carmen, uma costureira negra que através de sua arte apresenta recortes de histórias que se entrelaçam, abrindo outras camadas sociais, culturais, raciais e de gênero trazidas entre o alinhavar da agulha e o tecer das palavras contadas. O filme constrói uma relação entre costura e memória, onde a câmera como dispositivo de contar histórias apresenta diferentes possibilidades temporais e dimensionais, e terá seu lançamento oficial celebrativo e com entrada gratuita em Aracaju, na próxima terça-feira, dia 17, às 18h, no auditório do Sesc Centro.

A produção traz também características de um ensaio fílmico, a exemplo do processo de feitura como se constitui a forma e narrativa da obra. A relação entre costura e memória, a câmera como dispositivo de contar histórias são algumas das diferentes possibilidades temporais e dimensionais que o filme propõe. De acordo com Yérsia Assis, antropóloga e diretora da obra, o filme se apresenta como uma possibilidade de narrar e registrar perspectivas outras sobre o mundo, especialmente, o mundo da comunidade negra brasileira.

A ideia partiu de Yérsia, que além de diretora do filme, é sobrinha neta de Dona Carmen, e junto com o cineasta Felipe Moraes, teceram uma narrativa a partir da visão de uma pessoa idosa, em tempos de pandemia. “Diante do desafio em gravar esses encontros com Dona Carmem ao longo desse processo, com todos os cuidados e protocolos, e a nossa ideia seria fazer um curta-metragem, mas o desenrolar das histórias contadas por ela, tudo muito interessante, fez com que optássemos em ampliar o filme para uma espécie de ensaio e documentário hibrido”, explicou Felipe.

‘De tudo um pouco sabia costurar’ leva o expectador a refletir sobre a relação do contar histórias a partir da narrativa dos mais velhos com a relação do ouvir as histórias contadas, fazendo disso, uma equação cujo resultado é um exercício de costura estética dentro da linguagem fílmica, de maneira bem sucedida, com equipe reduzida e orçamento restrito.

 

Fonte: Assesoria de Imprensa

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