O amadurecimento das fintechs brasileiras em busca de autonomia

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As fintechs brasileiras estão atravessando um momento de amadurecimento, buscando equilibrar a independência financeira com a cautela em gastos e um foco crescente em automação e parcerias. A nova edição da Pesquisa Fintech Deep Dive, realizada pela PwC em parceria com a ABFintechs, revela que 73% das startups do setor foram fundadas há menos de cinco anos, refletindo um mercado em rápida evolução e adaptação. Com um perfil majoritariamente jovem, essas empresas demonstram agilidade, mas também estão em um processo de consolidação que exige atenção a diversos fatores.

O relatório destaca que, entre as áreas de atuação, crédito e meios de pagamento continuam a liderar, sendo as que apresentam o maior número destes negócios e colaboradores. No entanto, uma novidade notável é o crescimento do mercado B2B, que subiu de 40% para 64% entre 2023 e 2024. Essa mudança mostra uma tendência clara de concentração no atendimento a pequenas e médias empresas, uma estratégia que pode levar a um fortalecimento das relações comerciais e à diversificação das ofertas.

Um dos aspectos mais relevantes é a crescente integração de novas tecnologias nas operações das fintechs, pois as startups estão investindo em automação e estabelecendo parcerias estratégicas, aproveitando tecnologias como inteligência artificial, análise de dados e blockchain. Esses investimentos são essenciais para melhorar a eficiência e a personalização dos serviços oferecidos, permitindo que as fintechs se destaquem em um mercado cada vez mais competitivo.

Apesar dessas empresas enfrentarem grandes desafios, muitas souberam se adaptar bem ao cenário de incerteza econômica e restrição de capital. Para se tornarem mais enxutas e sustentáveis, muitas precisaram reduzir custos e priorizar gastos em áreas essenciais, como o desenvolvimento de produtos. Essa abordagem cuidadosa permitiu que as empresas buscassem um portfólio sólido, que atraia novos negócios de forma mais segura e sustentável.

Segundo a pesquisa, mais da metade das fintechs já alcançaram o chamado “equilíbrio financeiro” e isso é um indicativo de uma transição para um ambiente econômico mais estável, superando as flutuações dos últimos anos. Além disso, as startups estão se esforçando para reduzir a dependência de grandes aportes externos, que sabidamente ficaram mais escassos nos últimos anos. Rodadas de investimentos menores acabaram resultando no uso mais conservador do do capital e busca de rentabilidade com um foco na autonomia financeira.

Se por um lado algumas fintechs nascem sem uma marca forte e, por isso, passam dificuldades no início para atrair clientes, por outro lado, a inovação sempre é a carta na manga para aproveitar brechas de demandas reprimidas ou necessidades específicas de um determinado nicho.

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