Com cheiro de carne em decomposição, ESTA é a maior flor do mundo

A Rafflesia arnoldii, impressionante por seu tamanho e peculiaridades, é a maior flor do planeta, podendo pesar até 11 kg. Nativa do Sudeste Asiático, essa planta tem gerado fascínio não apenas na ciência, mas também na cultura pop.

Embora não ocorra no Brasil, sua fama se estende globalmente, inspirando até mesmo personagens de jogos, como o Pokémon “Vileplume“. Essa relação entre ciência e cultura é explorada por pesquisadores brasileiros, destacando a importância da botânica.

O projeto “Pokeplants”, da Universidade Federal do Maranhão, faz essa conexão entre a Rafflesia arnoldii e o mundo dos games.

Lucas Cardoso Marinho, coordenador do projeto, explica que a flor do Pokémon, com sua cor vermelha e manchas brancas, foi baseada na rafflesia.

Características marcantes e polinização

Rafflesia arnoldii (Foto: blessyespenilla/iNaturalist)

As flores do gênero Rafflesia, conhecidas pelo aroma de carne em decomposição, têm uma relação única com as moscas-de-carniça para a polinização. Para atrair esses insetos, algumas espécies simulam até o calor de um corpo em putrefação.

As flores, tanto masculinas quanto femininas, precisam florescer simultaneamente e próximas geograficamente para garantir o sucesso na transferência de pólen. Após a polinização, a maturação do fruto leva meses, dependendo da dispersão por animais.

Sem caules, folhas ou raízes, as rafflesias não realizam fotossíntese. Elas se alimentam exclusivamente através dos hospedeiros por meio de estruturas conhecidas como haustórios.

Essas estruturas sugam nutrientes das raízes de plantas como as videiras do gênero Tetrastigma.

Ameaças e conservação

Com a destruição de habitats e colheita ilegal, a Rafflesia enfrenta um futuro incerto. Caroline Ferreira destaca a necessidade de estudos e proteção. Preservar essas plantas em jardins botânicos e viveiros é crucial para a sua sobrevivência.

O gênero foi nomeado em homenagem a Thomas Stamford Bingley Raffles e Joseph Arnold, que coletaram um exemplar em 1818. A descoberta inicial, datada de 1797 por Louis Auguste Deschamps, sofreu um hiato devido às Guerras Revolucionárias Francesas.

As flores enormes da Rafflesia representam uma parte vital da biodiversidade asiática, mas continuam ameaçadas. A proteção desses ecossistemas únicos é essencial para preservar não apenas estas plantas, mas também a riqueza biológica da região.

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