Uberização dos pagamentos transforma conversão e fidelização

Uberização dos pagamentos transforma conversão e fidelização
Foto: Freepik

A lógica que revolucionou o transporte urbano agora alcança os meios de pagamento. No varejo digital, cresce o uso da orquestração de pagamentos — um modelo que permite integrar, testar e combinar múltiplas soluções de checkout, adquirência e antifraude com base em dados de comportamento, risco e conversão.

A prática, já comum entre grandes e-commerces e marketplaces, começa a se espalhar por empresas em fase de crescimento.

Orquestração de pagamentos: o que é e por que virou prioridade

No centro desse avanço está o conceito apelidado de “uberização” dos pagamentos. Assim como plataformas de mobilidade conectam motoristas e passageiros por rotas dinâmicas, a orquestração escolhe, em tempo real, os caminhos mais adequados para aprovar uma transação.

“A lógica é muito parecida com a de um Waze para o checkout. A rota depende do tráfego, do destino e do perfil do usuário”, afirma Renata Khaled, VP de Vendas da Tuna Pagamentos, fintech que lidera esse movimento no Brasil.

Checkout inteligente melhora conversão e reduz atrito

Segundo Renata, empresas ganham controle sobre o fluxo de pagamentos. É possível, por exemplo, redirecionar uma tentativa recusada no cartão para um Pix, sem que o cliente precise repetir o processo.

Esse modelo contribui para evitar abandonos de carrinho e aumentar a taxa de sucesso nas vendas.

“Casos de aumento de 15% a 20% na taxa de aprovação não são incomuns”, relata. Ela explica que isso acontece especialmente quando o varejista opera com alto volume, perfis variados de clientes ou diferentes faixas de ticket médio.

Uberização dos pagamentos: menos falsos positivos e mais controle antifraude

Além da conversão, a gestão de risco e segurança também se beneficia da orquestração. O uso simultâneo de múltiplas ferramentas antifraude permite calibrar a rigidez dos filtros, o que reduz casos em que um comprador legítimo é barrado injustamente.

“Essa flexibilidade é essencial em operações com grande diversidade de público e comportamento. A personalização permite criar regras mais precisas por canal, tipo de produto ou perfil do comprador”, diz Renata.

Operação mais ágil para equipes de negócios

Outro benefício apontado pelas empresas que adotam a orquestração está na autonomia operacional.

Como a ferramenta permite que as áreas de negócio criem e editem os fluxos sem depender de programadores, os testes se tornam mais frequentes e o tempo de resposta ao mercado é encurtado.

“É possível criar fluxos diferentes para usuários novos, compras acima de determinado valor ou produtos com maior risco de fraude, sem precisar de um sprint de desenvolvimento”, explica.

Adaptação ao novo cenário de pagamentos no Brasil

O avanço da orquestração acompanha a multiplicação de canais e métodos no mercado local. Com o crescimento do Pix, das carteiras digitais, dos bancos digitais e das soluções internas dos marketplaces, a gestão de pagamentos se tornou mais complexa.

Para Renata, a estratégia ajuda a lidar com esse cenário fragmentado. “As empresas ganham visibilidade sobre o desempenho de cada parceiro e podem ajustar as rotas com base em performance, custo ou risco”.

Tendência de padronização no e-commerce

Especialistas do setor apontam que a orquestração tende a se tornar padrão na infraestrutura digital do varejo.

Assim como o CRM ou a automação de marketing, a gestão inteligente de pagamentos deve integrar o núcleo das operações digitais — não só nos grandes players, mas também em startups e empresas de médio porte com presença online.

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