
Os preços do petróleo subiram cerca de 9 % nesta sexta-feira (13), atingindo máxima de vários meses, logo após Israel lançar ataques contra o Irã, provocando uma retaliação iraniana e aumentando as preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento de petróleo no Oriente Médio.
Os futuros contratos do petróleo Brent subiam US$ 5,60, ou cerca de 8%, sendo negociados a US$ 75 por barril por volta das 8h10 no horário de Brasília, após atingirem a máxima intradiária de US$ 78,50 — o maior patamar desde 27 de janeiro.
O petróleo West Texas Intermediate, negociado nos EUA subia US$5,65, ou 8,3%, para US$73,71, depois de atingir US$77,62, maior patamar desde 21 de janeiro.
Os ganhos desta sexta-feira representam os maiores saltos intradiários para ambos os contratos desde 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia também provocou forte alta nos preços da energia.
Segundo o governo israelense, os ataques fazem parte de uma operação prolongada para impedir que o Irã construa uma arma nuclear. Em resposta, Teerã prometeu retaliar com firmeza.
O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu que o Irã firme um acordo sobre seu programa nuclear, a fim de evitar os “próximos ataques já planejados”.
A National Iranian Oil Refining and Distribution Company informou que as instalações de refino e armazenamento de petróleo não sofreram danos e seguem operando normalmente.
Apesar disso, a principal preocupação dos mercados continua sendo o possível impacto no Estreito de Ormuz.
Segundo o analista da SEB, Ole Hvalbye, a hidrovia já estava correndo risco de impacto devido ao aumento da volatilidade regional, mas não foi afetada até o momento.
Também não houve impacto até agora no fluxo de petróleo na região.
No pior cenário, analistas do JPMorgan alertaram na quinta-feira que o fechamento do Estreito de Ormuz, ou uma retaliação por parte dos principais países produtores da região, poderia levar os preços do petróleo a subir para a faixa entre US$ 120 e US$ 130 por barril — quase o dobro da previsão atual do caso base.
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