A DJI voltou a chamar atenção no mercado de bicicletas elétricas durante a Eurobike 2025, uma das maiores feiras de ciclismo do mundo, que ocorre de 25 a 29 de junho em Frankfurt.
Depois de ganhar prêmio no evento no ano passado com o motor DJI Avinox, a empresa agora prepara um avanço consistente: o número de marcas que devem adotar a solução cresce rapidamente, com estimativas de que mais de uma dezena de fabricantes apresentem novos modelos equipados com o Avinox.
A movimentação mostra como a DJI está determinada a diversificar suas linhas de negócios. Após consolidar uma liderança de cerca de 70% no mercado global de drones, a companhia agora aposta no know-how em motores compactos e leves para conquistar espaço no ciclismo elétrico.
Eurobike 2025: uma vitrine para o Avinox
O DJI Avinox tem como principais credenciais 850 W de pico, torque de 105 Nm e peso de apenas 2,5 kg.
Tal combinação de potência e leveza a torna uma opção atraente para bikes de performance e modelos premium. Recentes apresentações em eventos como o China Cycle Show anteciparam o que deve aparecer em Frankfurt: novas mountain bikes de alto desempenho, como a Velduro Rogue e a Forbidden Druid CorE, com preços a partir de US$ 6.700 (cerca de R$ 37 mil sem impostos).
Fabricantes como Unno também já anunciaram integração com o Avinox, reforçando que a tecnologia da DJI está se espalhando pelo portfólio de diferentes marcas — um movimento que coloca pressão sobre concorrentes tradicionais como Bosch, Mahle e Shimano.
AmFlow: a marca própria da DJI acelera
Além de fornecer motores para parceiros, a DJI também aposta em uma marca própria de e-bikes: a AmFlow. O modelo AmFlow PL Carbon Pro é hoje o principal cartão de visita da empresa. A bike foi atualizada recentemente com suspensão Fox 36 Factory, transmissão SRAM Eagle Transmission e uma bateria removível de 840 Wh.
Segundo dados de mercado, a AmFlow oferece um índice de potência por peso competitivo: cerca de 340 Watts por quilo, patamar que rivaliza com soluções como o Mahle M40 e o Bosch CX Gen 5. E em termos de preço, a proposta da DJI busca se posicionar abaixo dos modelos mais caros, como o Specialized Turbo Levo S-Works, que pode ultrapassar US$ 13 mil.
A disputa de mercado esquenta
A entrada agressiva da DJI força uma corrida tecnológica no setor. Modelos como o Teewing Turbo Force, equipado com Avinox e custando cerca de US$ 5.800 (R$ 32 mil sem impostos), mostram que a relação custo-benefício pode ser uma vantagem central na estratégia da marca.
Os consumidores vão escolher com o bolso e devem adotar em peso as bikes com motor DJI
Jamie Darlow, analista de mercado
Além disso, a DJI já testa modos de operação em 1000W full-time, o que deve atrair ainda mais o público que busca alto desempenho.
Diversificação estratégica em meio a tensões regulatórias
O movimento da DJI para o mercado de e-bikes não acontece por acaso. A companhia enfrenta crescentes pressões regulatórias nos EUA e Europa, onde seus drones estão sob escrutínio devido a temas de segurança.
Recentemente, a empresa também gerou polêmica ao remover geofencing em seus drones, o que reacendeu debates sobre o uso de seus equipamentos em espaços restritos.
Ao apostar em setores como bicicletas elétricas e robótica doméstica — como no caso do futuro robô aspirador DJI Romo — a empresa busca reduzir a dependência de segmentos mais visados por barreiras comerciais. E, nesse contexto, o mercado de e-bikes, menos regulado e com forte crescimento global, se torna uma aposta estratégica.
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Uma tendência em consolidação
De acordo com projeções de mercado, o setor global de e-bikes deve alcançar US$ 55,7 bilhões até 2030. Nesse cenário, a DJI aparece como nova força competitiva e promete elevar o patamar tecnológico do segmento.
Os avanços recentes, desde o anúncio de novas bikes com Avinox até inovações no software de câmeras como a DJI Action 5 Pro, só demostram que a empresa está ampliando seu raio de ação para além dos drones.
Fonte: DroneXL
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