Tarifaço: EUA e China se reúnem para tratar acordo comercial

Guerra tarifária se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Donald Trump (Reprodução: Pixabay)

Presidentes dos EUA e China têm reunião marcada nesta segunda-feira (9), em Londres, na Inglaterra, para discutir o novo acordo comercial e resolver a guerra comercial iniciada pelo tarifaço de Donald Trump.

Trump anunciou a reunião na última sexta-feira (6). Segundo o mesmo, participarão da reunião o secretário do tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, embaixador Jamieson.

“A reunião deverá ocorrer com grande sucesso. Agradecemos a atenção dispensada!”, afirmou o presidente em publicação no Truth Social.

A declaração foi feita um dia depois de Trump ter conversado com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre as tarifas comerciais.

O presidente dos EUA afirmou que ele e Xi conseguiram resolver as “complexidades” do acordo comercial sobre as tarifas de importação e reforçou que a conversa obteve resultados positivos para ambos países.

Ainda na quinta-feira (5), Trump fez uma declaração dizendo que as negociações entre os dois países seguem em andamento e estão em “boa forma”.

Já Xi Jinping declarou que a China cumpriu o acordo firmado em Genebra de maneira “séria e sincera”, ressaltando que “diálogo e cooperação são a única escolha correta para a China e os Estados Unidos”.

A declaração foi divulgada pela emissora estatal chinesa, CCTV.

Entenda a guerra tarifária entre EUA e China

A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Donald Trump no início de abril.

A China foi um dos principais alvos do tarifaço — com uma taxa de 34%, somada aos 20% já aplicados anteriormente sobre produtos chineses.

Como retaliação, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas adicionais de 34% sobre todas as importações vindas dos Estados Unidos.

Em resposta, os EUA intensificaram a pressão: Trump deu um ultimato à China — ou o país removia suas tarifas até as 12h de 8 de abril, ou enfrentaria uma nova rodada de taxações, elevando o total para 104%.

A China não recuou. Pelo contrário, afirmou estar pronta para “revidar até o fim”.

Cumprindo o que havia prometido, Trump confirmou o aumento das tarifas sobre os produtos chineses.

A resposta d veio na manhã de 9 de abril: o governo chinês elevou suas tarifas sobre bens americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual da alta imposta pelos EUA.

Ainda no mesmo dia, Trump anunciou uma “pausa” no tarifaço contra mais de 180 países — mas deixou claro que a China não estaria entre as exceções.

Logo depois, o presidente norte-americano subiu a taxação sobre produtos chineses para 125%.

No dia 10 de abril, a Casa Branca esclareceu que essa nova tarifa de 125% se somaria aos 20% já em vigor, totalizando uma alíquota final de 145% sobre as importações chinesas.

Em resposta, no dia seguinte, 11 de abril, a China também elevou suas tarifas sobre produtos dos EUA para 125%.

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