Em um cenário inusitado, pedras da vesícula de bois, conhecidas como cálculos biliares, tornaram-se objeto de desejo no mercado. Donos de frigoríficos, ao contrário das pessoas que sofrem de pedras na vesícula, veem esses cálculos como joias raras e valiosas.
A demanda é tamanha que quadrilhas especializadas surgiram para roubar esse produto, que pode valer milhões.
Comum em abatedouros, esses cálculos são formados a partir do acúmulo de sais minerais. Especialistas destacam que a maioria dos bovinos não os produz, o que contribui para o alto valor agregado.
Esse mercado intrigante levanta questões sobre o motivo de tais pedras serem tão cobiçadas.
Como se formam os cálculos biliares nos bois?
Os cálculos biliares em bois surgem principalmente nos frigoríficos, durante o processo de abate. Vesículas biliares são retiradas e peneiradas à procura dessas raridades.
A formação dessas pedras se dá pelo acúmulo de sais minerais; porém, apenas uma pequena quantidade de animais desenvolve esses cálculos, tornando a descoberta de uma pedra inteira um evento notável.
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Por que os cálculos biliares dos bois valem tanto?
Embora no Brasil os cálculos não tenham aplicação prática, na medicina tradicional chinesa, eles são altamente valorizados como componentes de drogas para tratar uma variedade de condições, como convulsões e febres.
Dezenas de medicamentos chineses tradicionais fazem uso desses cálculos, influenciando seus preços no mercado asiático.
Atualmente, existe um mercado que valoriza essas pedras e paga caro por elas. Alguns fatores influenciam essa decisão. São eles:
- Pedras maiores e sem imperfeições são raras e mais valiosas.
- O valor pode atingir até US$ 50 (R$ 282,62) por grama para pedras de alta qualidade.
- Fatores como tamanho, cor e formato influenciam o preço final.
Os cálculos biliares de boi, com sua raridade e aplicação específica, atraem olhares tanto de pesquisadores quanto de criminosos.
O mercado asiático continua a impulsionar a demanda, tornando essas pedras um curioso e lucrativo nicho comercial.
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