A União Europeia acusou a Shein de enganar consumidores com desconto falsos e informações enganosas. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (27), a Comissão Europeia revelou que investigou a empresa de fast fashion com órgãos de defesa do consumidor da Bélgica, França, Irlanda e Holanda.
Em nota, o bloco econômico afirma que a companhia chinesa infringiu práticas que violam as leis comerciais da UE. Dentre as acusações estão oferecer descontos falsos, pressionar clientes com prazos de compra enganosos, usar etiquetas de produtos que induzem ao erro e fazer alegações falsas sobre sustentabilidade.
A União Europeia também afirma que a plataforma não processa reembolsos de forma ajustada e não cumpre prazo de devolução de pedidos. A comissão responsável pelo caso deu prazo de um mês para a Shein fornecer soluções aos problemas.
Caso a empresa não tome medidas até o dia 26 de junho, poderá ser multada pelo bloco. Segundo informações apuradas pelo portal Exame, o valor da multa não foi divulgado. De acordo com o site Business Insider, cerca de 100 milhões de usuários estão ativos por mês na região da Europa.
Impacto nos EUA
Nos últimos meses, Donald Trump impôs tarifas para a entrada de produtos da empresa nos Estados Unidos, fazendo com que a Shein aumentasse os preços dos produtos para compensar as tarifas do comércio
Compras na Shein e Shopee ficam mais caras com aumento do IOF
O governo federal anunciou um reajuste na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para transações internacionais, afetando diretamente consumidores que realizam compras em plataformas como Shein, Shopee e AliExpress. A partir de agora, pagamentos efetuados com cartões de crédito, débito ou pré-pagos internacionais estão sujeitos a uma alíquota fixa de 3,5%, um aumento em relação aos 3,38% anteriormente praticados.
Essa mudança interrompe o plano de redução gradual do IOF, estabelecido em 2022, que previa a eliminação total da alíquota até 2028. Com a nova medida, o Ministério da Fazenda estima arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, contribuindo para o equilíbrio das contas públicas.
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