Cosan tem prejuízo de R$ 1,8 bi no 1TRI25

A Cosan (CSAN3) registrou um prejuízo líquido de R$ 1,788 bilhão no primeiro trimestre de 2025, ampliando significativamente o resultado negativo de R$ 192 milhões reportado no mesmo período de 2024. Segundo a companhia, a piora no desempenho foi impactada, principalmente, pela menor contribuição de suas investidas, registradas por equivalência patrimonial.

O EBITDA ajustado consolidado totalizou R$ 5 bilhões entre janeiro e março, uma retração de 30,6% em relação aos R$ 7,2 bilhões obtidos um ano antes. A receita operacional líquida, por sua vez, somou R$ 9,66 bilhões, recuo de 2% na comparação anual.

Apesar do prejuízo, a Cosan obteve crescimento expressivo na remuneração recebida de participações: os dividendos e juros sobre capital próprio totalizaram R$ 1,5 bilhão no trimestre, alta de 66,7% frente aos R$ 900 milhões recebidos no 1T24.

Cosan (CSAN3): 1TRI25

A dívida líquida da holding foi reduzida em 25,5% no período, encerrando o trimestre em R$ 17,5 bilhões, frente aos R$ 23,5 bilhões registrados no quarto trimestre de 2024. A melhora decorre, segundo a empresa, da entrada de recursos oriundos da venda de ações da Vale, além de ações de gestão de passivos realizadas durante o trimestre.

Com esse movimento, a Cosan também conseguiu melhorar o perfil da dívida: o custo médio caiu de CDI +1,40% para CDI +0,91%, enquanto o prazo médio foi estendido de 6,1 para 6,4 anos.

A empresa

A Cosan S.A. é uma das maiores holdings brasileiras com atuação diversificada em setores estratégicos da economia, como energia, logística, agronegócio e mineração. Fundada em 1936 por Rubens Ometto, a empresa teve origem no setor sucroalcooleiro e se transformou ao longo das décadas em um grupo com múltiplos braços de negócios.

A companhia controla e participa de empresas relevantes no mercado brasileiro, como:

  • Raízen (joint venture com a Shell, referência em energia e distribuição de combustíveis),
  • Rumo (logística ferroviária e de portos),
  • Moove (lubrificantes e especialidades químicas),
  • Compass (gás natural e infraestrutura energética),
  • e Radar (gestão de propriedades agrícolas).

Em 2020, a Cosan iniciou um novo ciclo estratégico com a criação da Cosan Investimentos, um braço de investimentos que mira oportunidades em setores com potencial de transformação, como mineração — incluindo a aquisição de uma participação relevante na Vale S.A., posteriormente vendida parcialmente como parte da estratégia de realocação de capital.

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