Quanto preciso guardar por mês para juntar R$ 50 mil em 2 anos ou 3 anos?

Para realizar um sonho, melhorar seu futuro ou se preparar para imprevistos, o caminho mais seguro é estabelecer metas financeiras e um planejamento claro para atingi-las. Você pode começar por um objetivo relativamente pequeno, como ter R$ 50 mil.

+Quanto tempo leva para transformar R$ 50 mil investidos em R$ 100 mil?

Especialista em Investimentos CEA e sócio da GT Capital, Joaquim Neto calculou a pedido da IstoÉ Dinheiro simulações de quanto é necessário guardar por mês para atingir este valor em dois ou três anos.

Os cálculos consideram a Selic projetada para os próximos anos pelo mercado financeiro, segundo a edição do Boletim Focus publicada em 12 de maio. No caso do CDB, já foi descontado o Imposto de Renda previsto.

Confira as projeções a seguir.

Para ter R$ 50 mil em dois anos (24 meses)

Investimento Taxa líquida de rendimento projetada Valor mensal necessário
CDB com rendimento de 100% do CDI 0,90% R$ 1.874,80
Fundo de investimento em infraestrutura 1,01% R$ 1.851,33
Poupança 0,50% R$ 1.965,66

Para ter R$ 50 mil em três anos (36 meses)

Investimento Taxa líquida de rendimento projetada Valor mensal necessário
CDB com rendimento de 100% do CDI 0,85% R$ 1.193,08
Fundo de investimento em infraestrutura 0,95% R$ 1.171,44
Poupança 0,50% R$ 1.271,06

Entenda os investimentos

Nesta simulação, Joaquim neto considerou três tipos de aplicações. São elas:

  • CDB: título de renda fixa privado, funciona como uma espécie de empréstimo para uma instituição financeira. O dinheiro permanece investido durante um período, e depois pode ser resgatado com um rendimento pré-determinado.
  • Fundo de investimento em infraestrutura (FI-Infra): como o nome indica, é um fundo que tem na sua carteira de investimentos ativos relacionados ao setor de infraestrutura, como debêntures incentivadas e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
  • Poupança: aplicação mais popular entre os brasileiros, tem rendimento fixo e pode ser resgatada a qualquer momento. Oferece no entanto o menor rendimento entre as opções analisadas.

Como os cálculos da simulação consideram o rendimento a partir das projeções do Boletim Focus, há variações na taxa de dois para três anos nos CDBs e nos Fi-Infras. Afinal, a oscilação dos juros afeta o retorno destes ativos.

O Boletim Focus reúne as projeções semanais das empresas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país. A última edição prevê que os juros encerrarão 2025 no patamar em que já estão, de 14,75%. Para os próximos anos, as taxas calculadas foram de 12,5 % em 2026, 10,5 % em 2027 e 10% em 2028.

Imposto

Tanto a poupança como o Fi-Infra contam com isentos de Imposto de Renda. Uma alíquota regressiva incide no entanto sobre os CDBs. Como o nome indica, ela diminui ao longo do tempo, como descrito a seguir:

  • Até 180 dias: 22,5%
  • De 181 a 360 dias: 20%
  • De 361 a 720 dias: 17,5%
  • Acima de 720 dias: 15%

Riscos

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) protege os investimentos na poupança e em CDBs. Ou seja, caso a instituição financeira responsável pela emissão do ativo venha a falir, os investidores receberão de volta valores de até R$ 250 mil.

Para evitar recorrer ao FGV, avalie a instituição financeira em que será feito o investimento. Bancos menores possuem mais risco de calote, enquanto os mais conhecidos costumam oferecer maior segurança.

“Importante reforçar que fundos de infraestrutura têm um maior risco de marcação a mercado, dado os riscos de créditos dos títulos privados (As debêntures de infraestrutura contidos nestes fundos”, explica Neto. Além disso, os FI-Infras não contam com a proteção do FGC.

Nos casos do Fi-Infra, assim, é necessário avaliar os ativos na carteira, o histórico e a gestão. Caso ainda não possua uma reserva de emergência, no entanto, prefira priorizar investimentos mais seguros.

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