Lucro da Taurus recua 1,6% no 1TRI25, para R$ 18,6 milhões

Taurus

A fabricante de armas Taurus (TASA4) encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 18,6 milhões, o que representa uma queda de 1,6% em relação aos R$ 18,9 milhões obtidos no mesmo período de 2024. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, a retração foi ainda mais acentuada, de 54,1%.

A companhia atribuiu o desempenho mais fraco do trimestre a uma combinação de fatores, como menor volume de vendas — influenciado tanto pelas condições de mercado quanto pela adaptação ao novo sistema de gestão SAP nas operações dos Estados Unidos —, além de despesas operacionais pontualmente mais elevadas. Apesar disso, destacou que manteve o controle de custos e conseguiu reduzir o custo dos produtos vendidos (CPV) na comparação anual.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) despencou 89,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024, totalizando R$ 7 milhões. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a queda foi de 87,8%.

Já a receita líquida foi de R$ 349,1 milhões entre janeiro e março de 2025, recuo de 22,2% na base anual e de 23,3% ante o quarto trimestre de 2024. O desempenho reflete retração nas vendas dos segmentos de armas, acessórios e componentes M.I.M., com leve compensação por um aumento na receita de capacetes. O lucro bruto ficou em R$ 112,9 milhões, retração de 22,4% em um ano e de 31,5% em relação ao trimestre anterior.

Taurus (TASA4): 1TRI25

Apesar do cenário desafiador, o resultado financeiro da companhia foi positivo em R$ 20,6 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 26 milhões do mesmo trimestre de 2024. O ganho se deve, principalmente, à valorização das receitas financeiras, que saltaram 373,6% no período, somando R$ 59,2 milhões. As despesas financeiras, por outro lado, permaneceram praticamente estáveis.

As despesas operacionais totalizaram R$ 117,4 milhões no trimestre, alta de 30,4% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. A elevação se deve principalmente ao aumento das despesas gerais e administrativas, influenciado pela ausência da reversão de provisões trabalhistas que havia ocorrido no mesmo período de 2024.

No trimestre, a Taurus produziu 198 mil armas, sendo 72,2% em sua fábrica no Rio Grande do Sul — uma média diária de 3,8 mil unidades. Os investimentos somaram R$ 21 milhões, voltados à aquisição de máquinas, equipamentos, ferramentas e ao desenvolvimento de novos produtos. Cerca de 31% desses aportes foram financiados pela Finep, e o restante com capital próprio.

A dívida bruta bancária da Taurus somava R$ 746,3 milhões ao fim de março, com alongamento do prazo de vencimento: a dívida de curto prazo caiu R$ 88,9 milhões, enquanto a de longo prazo subiu R$ 87,6 milhões. A dívida líquida cresceu 92,1% em um ano, totalizando R$ 535,9 milhões.

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