
A Nissan Motor Co. anunciou nesta terça-feira, 13 de maio, um prejuízo líquido de 670,9 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 4,5 bilhões) no exercício fiscal encerrado em março de 2025. Diante desse cenário, a montadora japonesa revelou um plano de reestruturação que inclui o fechamento de sete de suas 17 fábricas até 2027.
O novo CEO da empresa, Ivan Espinosa, afirmou que a Nissan enfrenta uma “estrutura de custos muito elevada” e um ambiente de mercado “volátil e imprevisível”, o que dificulta o planejamento e os investimentos.
A montadora também cancelou a construção de uma nova fábrica de baterias no Japão e pretende economizar cerca de 500 bilhões de ienes (US$ 3,4 bilhões) até 2027 como parte do programa “Re-Nissan” .
A empresa não divulgou uma previsão de lucro líquido para o próximo exercício fiscal, citando a incerteza em relação às tarifas comerciais dos Estados Unidos como um fator complicador. As ações da Nissan fecharam em alta de 3% após o anúncio das medidas de reestruturação.
A Nissan enfrenta desafios adicionais, como a concorrência crescente de fabricantes chineses de veículos elétricos e o impacto das tarifas impostas pelos EUA sobre veículos importados do Japão e do México. A empresa planeja lançar uma nova versão do Nissan Leaf em 2026 e continuar investindo em motores de combustão interna com combustíveis alternativos.
A reestruturação ocorre após o fracasso nas negociações de fusão com a Honda e a saída do ex-CEO Makoto Uchida. Espinosa assumiu o comando com a missão de recuperar a rentabilidade da Nissan até 2026, focando em novas tecnologias, redução de custos e fortalecimento de parcerias estratégicas com a Renault na Europa e a Dongfeng na China.
Nissan anuncia demissão em massa e 20 mil empregos serão cortados
A crise enfrentada pela Nissan Motor ganhou novos contornos nesta segunda-feira (12), com a informação de que a montadora japonesa irá eliminar 20 mil postos de trabalho — mais que o dobro do previsto inicialmente.
Segundo a emissora japonesa NHK, a medida é parte de um plano mais agressivo de reestruturação diante do agravamento dos resultados financeiros da companhia.
O novo número representa cerca de 15% da força de trabalho global da empresa e inclui cortes tanto no Japão quanto no exterior.
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