FIDCs ganham espaço em cenário de juros altos; veja os 10 maiores do mercado

Um levantamento recente, usando dados públicos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), apontou um crescimento no volume de patrimônio de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, os FIDCs.

+INSS começa a notificar aposentados que tiveram desconto suspeito; saiba o que fazer

Com a taxa Selic elevada e possibilidade de chegar a 15% ao ano, o ambiente de crédito no Brasil passa por mudanças e, nesse contexto, empresas de menor e médio porte encontram barreiras para conseguir financiamentos tradicionais, enquanto investidores procuram aplicações que superem o CDI e tragam novas formas de diversificar. Nesse cenário, os FIDCs multicedente e multisacado vêm ganhando espaço, tanto por facilitar o acesso das companhias a recursos quanto por abrir alternativas de investimento.

Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações, comenta que, além da taxa de juros, é importante analisar caso a caso as operações.

“Ao comparar as taxas de juros, vale a pena observar também a estrutura das operações. Nos bancos, além da diversificação das taxas, muitas vezes existem custos adicionais que não estão presentes nos FIDCs, que se tornam uma solução mais simples e transparente”, observa.

Segundo ele, operações feitas por bancos carregam encargos adicionais que acabam não aparecendo nos FIDCs. Por isso, para quem investe, esses fundos surgem como opção para combinar boa rentabilidade e maior previsibilidade, num cenário de juros mais altos.

O patrimônio líquido desses fundos funciona como termômetro para medir não só a confiança dos investidores, mas também o tamanho e a capacidade operacional de cada um.

Atualmente a maior gestora de FIDCs do mercado é da RED Asset, com R$ 5,3 bilhões de patrimônio líquido, conhecida pela atuação em fundos de crédito estruturados e pela variedade de produtos.

Em segundo aparece a Multiplike, com R$ 3,1 bilhões, focada na gestão de recursos e na estruturação de operações de securitização — prática cada vez mais comum entre as gestoras.

Na sequência, o Athenabanco, que soma R$ 2,8 bilhões, trabalha com operações estruturadas, incluindo o uso de tecnologia em seus processos.

Os 10 maiores FIDCs do mercado

  1. RED Asset – R$ 5,3 bilhões
  2. Multiplike – R$ 3,1 bilhões
  3. Athenabanco – R$ 2,8 bilhões
  4. Grupo Sifra – R$ 2,2 bilhões
  5. Invista Crédito e Investimentos – R$ 1,7 bilhão
  6. Multiplica – R$ 1,6 bilhão
  7. Ceres –  R$ 1,2 bilhão
  8. Gávea – R$ 1,18 bilhão
  9. IOX/IOSAN – R$ 1,15 bilhão
  10. Golden Asset /AR3 Capita – R$ 864 milhões
*dados considerando o total sob gestão de cada gestora de FIDCs multicedente e multisacado

Entre os cinco primeiros também estão o Grupo Sifra, especializado em funding, e a Invista Crédito e Investimentos, que atua com fundos exclusivos e estratégias sob medida. Na segunda metade do ranking aparecem a Multiplica, a Ceres Investimento, a Gávea Securitizadora, o Grupo IOX / IOSAN e a Golden Asset.

Esse crescimento dos FIDCs se relaciona diretamente com a busca por alternativas de crédito. Esses fundos permitem que investidores comprem carteiras de recebíveis de empresas, criando uma via direta entre quem tem recursos e quem precisa de capital.

O post FIDCs ganham espaço em cenário de juros altos; veja os 10 maiores do mercado apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.