O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) subiu à tribuna do Senado ontem, 9, e desabafou sobre a política brasileira. Apesar do seu destaque nas pesquisas para o governo de Minas Gerais, ele afirma estar se questionando sobre se manter ou não na vida pública.
Segundo ele, se a política continuar da forma que está, não pretende mais concorrer a cargos públicos. “Minha pretensão mesmo é não disputar eleição nunca mais na minha vida. É manter meu mandato que vai mais 6 anos e parar de disputar eleição, porque cada dia que eu vejo isso aqui me desanima mais”.
Em sua fala, o senador conta que uma das suas frustrações é que muitos de seus projetos não são aprovados. “Eu tenho mais de 300 projetos protocolados, e só projetos que beneficiam a população brasileira. Tudo em favor do povo. Aí eu estou aqui me matando, me doendo, fazendo de tudo para melhorar a vida das pessoas, e meus projetos não são aprovados. Quando chegam em comissão, os caras têm coragem de pedir o adiamento de 30, 60 dias”, diz.
Cleitinho afirma também que seus valores “não são negociáveis”. “Eu não faço nada de errado, quem está ganhando, se um dia eu virar governador, não sou eu não, são os 853 municípios, porque eu não tenho coragem de fazer nada de errado, eu não tenho coragem de negociar nada para mim a não ser negociar pro povo.”
Sobre o âmbito político, ele reflete sobre como tudo parece ser “feito para não funcionar”. “Parece que todo mundo pensa ‘a política é negócio para roubar, desviar dinheiro e fazer rolo’, ninguém parece que senta e fala ‘não, vamos fazer para o povo’.” E completou: “Se você entra, saiba que você está num ninho de coisa errada”, antes de concluir reafirmando que vai refletir sobre seu futuro na política.
Pesquisa mostrou resultado favorável para 2026
De acordo com levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado no início de abril, Cleitinho Azevedo lidera um dos cenários na corrida ao governo de Minas em 2026. Ele somaria 39,7% das intenções de voto em disputa contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que somaria 19,3%.
Enquanto isso, o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) marcaria 14,6%. Na sequência estão o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), com 3,8%, o vice-governador de Minas Mateus Simões (Novo), com 3%, e o deputado estadual Tadeuzinho (MDB), também com 3%. Votos em branco e nulo somam 11,8%, e 4,8% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 30 de março, com 1.660 eleitores em 70 municípios mineiros. A margem de erro é de 2,5 pontos porcentuais, com nível de confiança de 95%.
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