Menos burocracia, mais lucro: como as criptomoedas simplificam o comércio global

Foto: Freepik

Todos os mercados, sem exceção, estão ficando mais digitais e rápidos. No universo dos negócios, as empresas querem formas de receber e fazer pagamentos que sejam mais fáceis, mais ágeis, sem muita burocracia e com custos menores. Por isso, não é de se estranhar que as criptomoedas passaram a ser vistas como um polo de inovação, com uma enorme capacidade de otimizar o comércio, principalmente em operações que envolvem países diferentes.

Basicamente, essa solução garante novas oportunidades para organizações e consumidores E o motivo é simples: a simplificação dos processos financeiros. A movimentação entre valores globais fica mais prática e transparente com a ação desse recurso, pois permite a incorporação de tecnologias como blockchain e smart contracts.

Para exemplificar, vamos pensar em dois cenários de uma mesma situação: uma empresa nacional que queira comprar um navio petroleiro russo. No primeiro, sem a ação de criptomoedas, o dinheiro precisaria ser aportado em uma conta escrow, que atua como um intermediário para armazenar os recursos durante uma transação, em um dos dois países, como forma de garantia de pagamento. Ou seja, quando o navio chegasse no local, a quantia seria liberada e uma operação cambial de nota futura aconteceria, trazendo riscos relacionados a variáveis de transporte, entrega, qualidade do produto etc..

Já no segundo, com as criptomoedas entrando em jogo, todas essas etapas poderiam ser menos burocráticas com a incorporação de um smart contract. A própria modalidade serve como uma garantia de pagamento por ser instantânea e segura. Dessa forma, os envolvidos ficam na mesma página, são menos impactados com as oscilações do mercado e realizam as transações em questão sem grandes dificuldades.

Mais vantagens, menos riscos

Apesar de elevar as operações financeiras a um novo nível de eficiência, o grande receio em relação às criptomoedas está relacionado à volatilidade. Porém, precisamos entender que essa característica já existe hoje, independente do uso da moeda digital. 

Principalmente por envolver muitos terceiros e uma gama de incertezas globais, esse tipo de risco é intrínseco às relações comerciais atuais. No entanto, usar a tecnologia para eliminar processos desnecessários na negociação é uma vantagem maior do que qualquer empecilho que venha a surgir.

As criptomoedas retiram todas as complexidades jurídicas possíveis que existem em operações internacionais. As modalidades programáveis são capazes de absorver pormenores cambiais contratuais, trazendo mais previsibilidade para o que as empresas realmente têm a chance de controlar e planejar.

Jornada de regulamentação

Na esteira do crescimento dos investimentos em cripto, a regulamentação se tornou uma grande pauta de debate global, de forma a garantir a conformidade e a segurança nas transações. No Brasil, a única legislação existente sobre esse mercado atualmente é a Instrução Normativa (IN) 188, que obriga os serviços de negociação Over-the-Counter (OTC) e as operadoras a fazerem um informe de imposto de renda. 

Com o aumento dos investimentos no setor, há uma forte necessidade para que esse processo seja mais aprimorado. Isso profissionalizaria o segmento, uma vez que as empresas que operam precisam seguir certos padrões, trazendo mais robustez jurídica para investidores pessoais e institucionais.

Muitas organizações ainda têm receio de investir em criptomoedas justamente pela falta de velocidade no âmbito regulatório. Por outro lado, não podemos deixar de notar que o avanço tecnológico ligado ao processamento quântico e à Inteligência Artificial Generativa vem ajudando diversas companhias a se protegerem de agentes mal–intencionados, blindando as operações. Inclusive, essas ferramentas serão indispensáveis no território brasileiro devido à chegada do DREX, a moeda digital do Banco Central do Brasil, prevista para ser lançada ainda em 2025. 

O mundo de cripto não é algo de um futuro distante. Já é uma realidade que está começando a mudar a forma como as empresas fazem negócios. Indivíduos e corporações precisam entender cada vez mais que essa é uma tendência importante no mercado financeiro, que pode impulsionar negócios e economias inteiras.

*Engenheiro graduado pelo Instituto Mauá de Tecnologia e com atuação no segmento por mais de 8 anos, Felipe migrou para o setor de inovação e finanças ao assumir a gerência de inovação na B2W Digital, onde ao longo de quase 5 anos foi responsável pelo planejamento de investimentos, estudos de viabilidade e análise de redução de custo.

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