A empresa de private equity Carlyle Group está buscando expandir sua presença europeia à medida que cresce a concorrência por acordos de crédito privado e captação de recursos nos EUA.
Com sede em Washington, o grupo não é novo na região, mas a Europa tem se tornado um alvo cada vez mais atrativo por uma série de razões, incluindo termos e documentação mais rigorosos que beneficiam os credores, já que os tomadores de crédito corporativos têm visto diminuição das opções de liquidez.
“Recentemente, nossa equipe de crédito privado se aprofundou em oportunidades significativas em empréstimos europeus, com menos concorrência, o que levou a um forte valor relativo”, disse o presidente executivo da Carlyle, Harvey Schwartz, a analistas durante uma teleconferência para discutir os resultados do primeiro trimestre da empresa. “A implantação de crédito privado europeu aumentou 150% em relação ao ano anterior.”
A Europa tem um mercado de empréstimos muito menor e amplamente sindicalizado que os tomadores corporativos podem aproveitar para obter financiamento e oferece menos opções de liquidez, disse um representante da Carlyle. Há também menos veículos de crédito privado ativos atendendo a região, afirmou.
Os lucros que podem ser atribuídos aos acionistas do Carlyle aumentaram cerca de 5,6%, para US$ 455,4 milhões, ou US$ 1,14 por ação, ante US$ 431,3 milhões, ou US$ 1,01 por ação, no ano passado. Analistas pesquisados pela FactSet esperavam US$ 347,4 milhões.
Nos últimos cinco anos, a Europa atraiu mais capital para empréstimos privados do que os EUA, mesmo com a queda na captação de recursos para essa classe de ativos como um todo. Os fundos de crédito europeus captaram US$ 46,54 bilhões no ano passado, segundo dados da S&P Global Market Intelligence. O capital captado pelos fundos de crédito americanos chegou a US$ 36,93 bilhões.
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