A concorrência no mercado de gás natural está longe de ser uma realidade no Brasil, onde a Petrobras ainda vende cerca de 80% de todo o gás comercializado – a um preço que o próprio ministro das Minas e Energia considera “surreal.”
O gás é um insumo central na economia – afetando do preço da energia elétrica ao custo de diversas indústrias, como a de fertilizantes e a petroquímica. Cerca de 55% do gás produzido no país é vendido para a indústria. A Petrobras vende o gás por entre US$ 12 e US$ 15 por milhão de BTU, enquanto o preço no Henry Hub — o principal ponto de entrega e negociação de gás nos Estados Unidos — fica entre US$ 3,50 e US$ 5 por milhão de BTU.
A redução do preço do gás é uma das bandeiras do ministro Alexandre Silveira. “O preço do gás natural na cabeça do poço é baixo no Brasil. O que encarece o preço para o consumidor final são as infraestruturas nacionais. Essa situação tem que acabar,” disse ele. “É surreal pensar que o preço do gás natural é de US$ US$ 2,5 por milhão de BTU na cabeça do poço e custa US$ 14,50 ao consumidor final.”
Para o ministro, o grande problema do preço final é o custo do escoamento e processamento (ambos na mão da Petrobras, que nunca abriu os detalhes do custo) e do transporte do gás (nas mãos da NTS, TAG e TGB).
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