Nos anos 1970, o Volkswagen Passat TS era sinônimo de sofisticação e desempenho nas ruas brasileiras. Com seu design elegante e motorização competente, conquistou uma legião de fãs. No entanto, com a chegada dos anos 1980, a concorrência se modernizou, e modelos como o Chevrolet Monza e o Ford Escort começaram a dominar as preferências do público.
Foi então que a Volkswagen decidiu reagir. Em 1984, apresentou uma versão que marcaria época: o Passat GTS Pointer, um cupê esportivo que resgatava o DNA esportivo do Passat, mas com tecnologia e refinamento superiores.
O Nascimento de um Ícone: O Passat GTS Pointer
O GTS Pointer surgiu como uma evolução do já conhecido Passat GTS. Enquanto o modelo anterior usava um motor 1.6 litro, o novo recebeu o AP-800S, um 1.8 litro de alto rendimento, o mesmo que equipava o recém-lançado Santana.
A diferença, porém, estava nos ajustes. O novo motor entregava 92 cv de potência a 5.000 rpm e 15,2 mkgf de torque, números impressionantes para a época. O resultado? Um carro que acelerava de 0 a 100 km/h em 13,39 segundos e alcançava 162,89 km/h de velocidade máxima.
Mas não era só a mecânica que fazia do Pointer um carro especial. A suspensão foi recalibrada para oferecer mais estabilidade sem sacrificar o conforto, e as rodas Avus de 14 polegadas com pneus 185/60 garantiam melhor aderência.
O Interior Que Encantou Uma Geração
Dentro do Pointer, o motorista encontrava um ambiente pensado para quem gostava de dirigir. Os bancos dianteiros eram assinados pela Recaro, famosos por seu apoio lateral e conforto, enquanto o banco traseiro trazia encostos de cabeça ajustáveis e um apoio de braço central.
O painel de instrumentos tinha um visual esportivo, e entre os opcionais estavam ar-condicionado e teto solar, luxos que poucos carros nacionais ofereciam na época.
A Evolução em 1985: Mais Performance e Estilo
No ano seguinte, o GTS Pointer ganhou uma série de melhorias. Os para-choques de lâmina metálica deram lugar a versões de plástico envolvente, mais modernas e seguras. As lanternas traseiras receberam frisos horizontais pretos, dando um toque ainda mais esportivo ao visual.
Mas a grande novidade foi a chegada do câmbio de cinco marchas, que reduziu o tempo de aceleração 0 a 100 km/h para apenas 12,45 segundos. Além disso, o painel ganhou um termômetro de óleo e o lendário volante “Quatro Bolas”, que se tornou um símbolo do carro.
E Se o Passat Pointer GTS Voltasse em 2026?
A Volkswagen não tem planos de ressuscitar o nome, mas isso não impediu que designers do Planet Cars imaginassem como seria um Passat Pointer GTS moderno.
A proposta mantém o espírito do original, mas com tecnologia atual. O design seria mais agressivo, com faróis em LED e linhas que remetem ao clássico, mas com uma pegada futurista. A traseira ganharia luzes em LED e um difusor esportivo, mantendo a identidade do Pointer.
Dentro do carro, o painel seria totalmente digital, com uma central multimídia de última geração e conectividade completa. Os bancos, inspirados nos antigos Recaro, teriam materiais premium e ajustes eletrônicos.
Sob o capô, um motor 2.0 turbo entregaria algo em torno de 250 cv, combinado com um câmbio automatizado ou manual de seis marchas. O desempenho seria digno de um esportivo moderno, com aceleração e dirigibilidade superiores.
No mercado, ele competiria com modelos como o Audi A5 Sportback e o BMW Série 4, com um preço estimado entre R$ 150 e R$
Um Carro Que Merecia Um Revival
O Passat GTS Pointer foi um dos carros mais marcantes dos anos 1980, combinando desempenho, conforto e estilo de maneira única. Se fosse relançado hoje, com tecnologia moderna e um design atualizado, certamente faria sucesso entre os entusiastas.
Enquanto a Volkswagen não decide trazer o nome de volta, resta aos fãs a nostalgia e a esperança de que, um dia, um novo Pointer possa surgir. E você, compraria um Passat Pointer GTS 2026 se ele existisse?
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