A taxa média de juros no crédito livre passou de 43,5% em fevereiro (dado revisado) para 44,0% em março, informou o Banco Central nesta quarta-feira, 30. Em março de 2024, a taxa era de 40,4%.
O juro médio do crédito livre para pessoas físicas passou de 56,1% em fevereiro (dado revisado) para 56,4% em março.
A taxa média cobrada das empresas passou de 23,8% para 24,6% no mesmo período de comparação.
Cheque especial
A taxa do cheque especial caiu de 142,2% (dado revisado) para 134,2% de um mês para o outro. A do crédito pessoal seguiu em 48,1%.
Os bancos brasileiros oferecem parcelamento de dívidas no cheque especial desde 2018, válida para débitos maiores que R$ 200. Em 2020, o BC passou a limitar os juros do cheque especial a 8% ao mês, ou 151,82% ao ano.
Veículos
O juro médio no crédito para aquisição de veículos caiu de 29,1% em fevereiro para 28,6% em março.
A taxa média no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), subiu de 30,4% para 31,3% entre fevereiro e março. Em março de 2024, estava em 28,2%.
ICC
O Indicador de Custo de Crédito (ICC) passou de 22,2% (dado revisado) para 22,3%. O índice mostra o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.
Na prática, reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
Spread
O spread médio em operações de crédito livre aumentou de 29,5 pontos em fevereiro para 29,8 pontos em março, informou o Banco Central. A métrica representa a diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais.
O spread médio no segmento de pessoa física cresceu de 41,8 pontos em fevereiro para 41,9 pontos em março. Nas operações de empresas, passou de 10,2 pontos para 10,9 pontos.
O spread médio do crédito direcionado, com recursos da poupança e BNDES, seguiu em 4,3 pontos de fevereiro para março. O spread do crédito total, que inclui livre e direcionado, passou de 19,3 pontos para 19,4 pontos.
Endividamento
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro passou de 48,5% em janeiro (dado revisado) para 48,2% em fevereiro, informou o Banco Central. O recorde histórico foi atingido em julho de 2022, com 49,9%. Descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento passou de 30,4% (dado revisado) para 30,1% na mesma comparação.
O programa Desenrola, encerrado em maio de 2024, promoveu a renegociação de R$ 53,07 bilhões em dívidas, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Ministério da Fazenda, ele levou a uma queda de 8,7% na inadimplência da população de baixa renda, público prioritário do programa. Das 15,06 milhões de pessoas atendidas, 5 milhões eram desse grupo e negociaram, somados, R$ 25,43 bilhões em débitos.
O comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 27,1% em janeiro (dado revisado) para 27,2% em março. Sem contar os empréstimos imobiliários, oscilou de 25,0% (dado revisado) para 25,1%.
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