Indústria de armazenamento de baterias quer investir nos EUA, mas ainda depende da China

A indústria de armazenamento de baterias, ainda fortemente dependente da China, anunciou nesta terça-feira, 29, que empresas do setor planejam investir dezenas de bilhões de dólares para estabelecer uma cadeia de suprimentos nos Estados Unidos.

Antes disso, porém, o setor faz um apelo crucial: a adoção de políticas fiscais e tarifárias estáveis – incluindo a manutenção, no curto prazo, da possibilidade de importar baterias e materiais da China e de outros países.

De acordo com a American Clean Power Association (ACP), empresas do segmento poderiam investir até US$ 100 bilhões na construção e aquisição de baterias de rede fabricadas nos EUA. O objetivo é reduzir a dependência da China nessa tecnologia e, até 2030, abastecer todos os projetos de armazenamento do país com conteúdo produzido internamente.

A dependência da China ainda é significativa. Cerca de metade dos US$ 100 bilhões em baterias e componentes importados desde 2021 veio do país asiático, segundo a S&P Global Market Intelligence.

Mike Snyder, vice-presidente de energia e carregamento da Tesla, que investe na fabricação de baterias nos EUA tanto para veículos elétricos quanto para sistemas residenciais e de rede, afirmou que as baterias são o ativo mais rápido de ser instalado e conectado à rede elétrica. Segundo ele, esse fator será essencial diante do avanço na demanda por energia no país, impulsionada sobretudo pela proliferação de data centers de inteligência artificial.

Projetos de baterias em larga escala são fundamentais para garantir o fornecimento de energia a redes elétricas em cidades e municípios dos EUA, especialmente na Califórnia e no Texas. Esses sistemas se parecem com fileiras de contêineres metálicos e costumam fornecer de uma a quatro horas de energia de reserva. São acionados no entardecer de dias quentes, quando a geração solar despenca, ou utilizados como mecanismo de estabilização, dada sua resposta quase imediata à demanda da rede.

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