Dois ex-XP criam headhunter focado no setor financeiro

Foto: unsplash

Em um momento em que o mercado financeiro lida com incertezas e reestruturações, dois ex-executivos da XP decidiram apostar naquilo que ainda tem grande valor: gente.

Gabriel Santos e Guilherme Lachner lançaram oficialmente, em abril, a LYNK Human Capital, uma boutique especializada em recrutamento estratégico para o setor financeiro.

A proposta vai além da atuação tradicional de headhunters. O objetivo é oferecer soluções altamente personalizadas de capital humano voltadas para áreas como assets, wealth management, fintechs e venture capital – sempre em posições de alta senioridade, como C-Level e executivos sêniores.

Crise como oportunidade: LYNK mira executivos sêniores

A inspiração para o negócio surgiu da vivência dos dois profissionais no setor de recrutamento e nas instituições por onde passaram. Antes de atuarem juntos na XP, Lachner passou pelo Nubank e Santos, pela consultoria Hays.

Após a experiência em comum durante a fase de expansão pós-IPO da XP, seguiram caminhos distintos – ele no fundo de venture capital ONEVC, e Santos, na empresa de recrutamento Options Group – até decidirem “linkar” novamente suas trajetórias com a criação da LYNK.

Na visão de Santos, o diferencial da nova empresa é a capacidade de adaptação às particularidades de um setor onde o networking é rei, mas já não basta sozinho.

“A dor do mercado financeiro é a do capital humano. As consultorias não conseguem dar a customização desejada. Depois de trabalhar em grandes empresas financeiras e de recrutamento, vimos que há espaço para algo mais segmentado”, afirma ele ao NeoFeed.

Embora o networking ainda seja um canal poderoso para recomendações de talentos, os sócios destacam que as indicações informais nem sempre dão conta da complexidade do recrutamento atual. É aí que entra a proposta da LYNK: profissionalizar essas movimentações com mais governança e estratégias sob medida.

A boutique nasce também com um diferencial raro no Brasil, mas comum nos Estados Unidos: uma área dedicada ao capital introduction – ou seja, o serviço de intermediar o contato entre agentes que buscam comprar, vender ou absorver equipes inteiras de outras empresas, funcionando quase como um M&A centrado em talentos. Nesse modelo, o ativo mais valioso não é a empresa, mas o time que a compõe.

Apesar do cenário desafiador para o setor financeiro, os fundadores enxergam a turbulência como uma janela de oportunidade. Em tempos de crise, dizem eles, capturar os melhores talentos pode fazer toda a diferença para quem quer sair mais forte na retomada.

“É esse tipo de fusão e aquisição que queremos fazer, conectando sócios com quem busca sociedades com capital humano complementar. Ninguém ainda faz esse business no Brasil”, afirma Lachner, sócio-fundador da LYNK Human Capital.

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