Juros futuros encerram perto da estabilidade com ‘calmaria’ do mercado

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Os juros futuros encerraram o pregão desta segunda-feira (28) próximos dos ajustes da sessão anterior, em um dia de poucos gatilhos para direcionar os negócios.

As falas do presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, foram interpretadas como neutras e não revelaram novidades sobre a condução da política monetária. Além disso, o movimento de ajuste que pressionava a ponta longa da curva a termo foi se reduzindo durante a tarde, e as taxas apagaram a alta, também com apoio da valorização do câmbio doméstico.

Assim, a taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) com vencimento para janeiro de 2026 encerrou o dia com leve alta, passando de 14,64% no ajuste anterior para 14,675%; a do DI de janeiro de 2027 variou de 13,90% para 13,905%; a do DI de janeiro de 2029 teve leve alta, de 13,635% para 13,64%; e a do DI de janeiro de 2031 caiu de 13,955% para 13,93%.

Nos EUA, as taxas dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) apagaram o avanço observado no começo da sessão e encerraram próximas das mínimas intradiárias. O rendimento da T-note de dez anos caiu de 4,240% para 4,211%.

Em um dia de agenda esvaziada de indicadores tanto domésticos quanto no exterior, a atenção se voltou para a participação do presidente do BC em um evento do Banco Safra. Apesar de não ter demonstrado intenção de corrigir a rota, após o mercado interpretar discursos de outros membros do Copom (Comitê de Política Monetária) como mais “dovish” (favoráveis ao corte de juros), Galípolo ressaltou que quer reunir o maior número possível de variáveis para avaliar se a política monetária está levando a inflação à meta de 3% ao longo do tempo, segundo o Valor.

BC: desaceleração da economia é sinal de que juros estão funcionando

A atividade econômica brasileira tem demonstrado uma leve desaceleração recentemente, o que, na visão de Nilton David, o diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), é um sinal de que a política monetária está funcionando. 

O economista afirmou nesta quarta-feira (23) que a economia do Brasil tem caminhado para um “platô”. O diretor do BC ressaltou ainda, que, por outro lado, a inflação segue como um fator de preocupação para a autarquia, pois não deve recuar nos próximos meses

“A atividade econômica atingindo um platô ou desacelerando um pouco é um sinal de que a política monetária está funcionando. Estamos vendo isso… há sinais de que a política monetária está definitivamente funcionando”, disse David, segundo a CNN Brasil.

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