
Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, sinalizou nesta segunda-feira (28) que o projeto de lei para aumentar a isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ mil mensais deve ser votado apenas no segundo semestre de 2025.
“Nós temos dois meses, mas tem o período de recesso. Então, penso que talvez fique para a Câmara votar no pós-recesso, já no segundo semestre. Não acredito que a Câmara vote isso antes”, afirmou Hugo Motta durante o evento J. Safra Macro Day, realizado em São Paulo.
Na próxima semana a Câmara deve instalar a comissão especial responsável por discutir o texto do projeto. O deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, foi designado como relator do projeto e será responsável por apresentar o calendário de trabalhos.
Espera-se que o trâmite da isenção do IR trâmite na comissão dure cerca de dois meses. Além disso, Hugo Motta afirmou que há uma aceitação positiva entre os deputados quanto à proposta, mesmo que o texto precise passar por ajustes para minimizar os impactos fiscais elevados.
“O desafio é encontrar a maneira menos danosa para que essa medida se estabeleça. Do ponto de vista da justiça tributária, o assunto é pacificado”, declarou Motta.
Enviado ao Congresso no final de 2024 pelo Governo Lula, caso o projeto da isenção do IR seja aprovado ainda este ano, a nova faixa de isenção do Imposto de Renda começará a vigorar a partir de 2026.
Por fim, destacou ainda que o Congresso pretende trabalhar com responsabilidade fiscal para assegurar segurança jurídica aos investimentos no país.
“Vamos procurar a condução mais equilibrada e serena possível para o nosso país”, afirmou.
Alckmin sobre isenção do IR: ‘a conta fechou direitinho’
“Foi feito um trabalho sério por Haddad e a conta fechou direitinho. O dólar até caiu”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) sobre a isenção do IR (imposto de renda) para pessoas que ganham até R$ 5 mil. As afirmações foram feitas em discurso a sindicalistas reunidos na Força Sindical, em São Paulo, nesta sexta-feira (21).
Além de elogiar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Alckmin se mostrou otimista sobre a entrada da deputada Gleisi Hoffmann (PT) no comando da Secretaria de Relações Institucionais. Segundo ele, a nova ministra vai ser “uma boa surpresa” para o governo.
Novas medidas vão ajudar classe média
Alckmin afirmou que não só a isenção do IR, como também as mudanças no crédito consignado para trabalhadores do setor privado, são ações que beneficiam a classe média. Após a palestra, o vice presidente foi questionado pelo “Valor” sobre a percepção entre políticos e no mercado de que Haddad estaria isolado no governo.
Em resposta, Alckmin ressaltou as ações do ministro e afirmou que tem uma avaliação “positiva” sobre ele. Entre os feitos de Haddad, o vice-presidente citou o compromisso com a responsabilidade fiscal e o cumprimento de promessa de campanha de aumentar a faixa de isenção do IR para até R$ 5 mil.
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