
A Azul (AZUL4) concluiu na noite da última quarta-feira (23) sua oferta subsequente de ações, conhecida como follow-on, que movimentou R$ 1,6 bilhão.
A operação faz parte de um plano da companhia para converter dívidas em participação acionária, conforme relataram fontes com conhecimento direto do assunto.
As ações foram precificadas em R$ 3,58 — valor previamente estabelecido no processo de conversão dos passivos.
Embora houvesse a possibilidade de colocação de um lote adicional de papéis, fontes ligadas à operação indicam que apenas uma fração desse volume extra deve, de fato, ser ofertada.
O momento desafiador do mercado afetou diretamente o interesse dos investidores. A alta volatilidade nas últimas semanas, impulsionada tanto por instabilidades nas Bolsas quanto pela flutuação cambial em meio às recentes políticas tarifárias de Donald Trump, reduziu o apetite por risco.
Caso todo o lote adicional fosse exercido, a oferta poderia atingir até R$ 4,1 bilhões, elevando em R$ 2,5 bilhões o total captado. Ainda assim, mesmo com uma colocação mais contida, a operação representa um passo importante para o processo de reestruturação financeira da Azul.
Oferta da Azul (AZUL4) acelera reestruturação e viabiliza conversão de dívida
A recente oferta subsequente de ações da Azul (AZUL4) foi estruturada em duas etapas, ambas compostas exclusivamente por ações primárias — ou seja, novas emissões que ampliam o capital da empresa. O desenho da operação teve como objetivo central a conversão de dívidas da companhia, denominadas em dólar, em participação acionária.
Na tranche principal da oferta, foram emitidas 450,5 milhões de ações preferenciais (PN), destinadas especificamente à troca de títulos da dívida com vencimento previsto entre 2029 e 2030. Essa primeira fase era essencial para viabilizar o plano de reestruturação financeira da empresa, que prevê a conversão como parte de um acordo mais amplo com credores.
O prazo para liquidação dessa conversão está definido: até o dia 30 deste mês. Por esse motivo, a Azul precisava concluir a oferta ainda nesta semana, respeitando o cronograma do processo de ajuste do passivo. A operação foi coordenada por UBS BB, que liderou a transação, ao lado de BTG Pactual e Citi, que também atuaram como coordenadores.
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