
O Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (IMEPI) acendeu o alerta para um golpe que vem preocupando motoristas da região: a chamada “bomba baixa”. A fraude, identificada em postos de combustíveis, faz com que os consumidores paguem mais do que o volume de combustível realmente abastecido no veículo.
Segundo Maria José, chefe de fiscalização do IMEPI, em entrevista ao Bom Dia Piauí, postos flagrados com esse tipo de irregularidade podem ser multados em valores acima de R$ 1 milhão. As informações são do G1.
Como o golpe acontece na prática
De acordo com o IMEPI, o golpe acontece por meio da adulteração da bomba medidora. O equipamento possui um bloco responsável por medir o volume de combustível que vai até o carro. Esse bloco envia dados para o sistema da bomba, que então calcula o valor a ser pago.
No entanto, quando o sistema está adulterado — seja com um chip fraudulento ou com a alteração da placa original —, os dados transmitidos ao visor são falsos. Assim, o motorista pode acreditar que abasteceu mais do que de fato recebeu no tanque.
Uma das vítimas desse golpe foi a advogada Nathália Freitas. Ao abastecer em um posto de Teresina, ela percebeu que a bomba indicava um volume de combustível superior à capacidade do tanque do seu carro. “Aquilo me causou estranheza, e eu fiz uma denúncia”, relatou ao G1.
A experiência mostra como o golpe pode passar despercebido, principalmente por quem não conhece os sinais de irregularidade. Segundo o IMEPI, o visor da bomba pode não exibir corretamente o volume real e os consumidores acabam pagando mais sem saber.
Como denunciar e se proteger

Para combater a fraude, o IMEPI orienta que qualquer cidadão possa registrar denúncias por meio do aplicativo Fala Consumidor. A plataforma foi criada para facilitar o envio de queixas.
Além disso, os motoristas devem desconfiar sempre que o valor cobrado parecer alto demais ou quando o visor da bomba exibir quantidades incompatíveis com a capacidade do veículo.
Portanto, a atenção ao abastecer é fundamental para evitar prejuízos. Observar os detalhes da bomba e guardar os comprovantes pode fazer a diferença em casos de suspeita. A fiscalização existe, mas a participação do consumidor é essencial para coibir esse tipo de prática.
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