AgroGalaxy (AGXY3) fecha 2024 com prejuízo de R$ 292 mi e corta custos

Foto: Divulgação

A AgroGalaxy (AGXY3) registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 2,48 bilhões em 2024, resultado muito acima das perdas de R$ 334,5 milhões no ano anterior.

O Ebitda ajustado também virou negativo, somando R$ 1,62 bilhão, frente aos R$ 342,2 milhões positivos de 2023. A receita líquida caiu 50,9%, para R$ 4,612 bilhões.

No quarto trimestre, o prejuízo foi de R$ 292,4 milhões, com Ebitda ajustado negativo em R$ 206,3 milhões. A receita trimestral recuou 69,3%, totalizando R$ 741 milhões.

Apesar dos números negativos, a empresa elevou sua posição de caixa em 146%, encerrando dezembro com R$ 480 milhões. A melhora foi possível com a conversão de vendas a prazo em pagamentos à vista e a antecipação de dívidas por agricultores.

A AgroGalaxy também cortou despesas operacionais. No último trimestre, os gastos com vendas e administração caíram de R$ 200 milhões para R$ 124 milhões.

No ano, a redução foi de 17,3%, após medidas como o fechamento de metade das lojas e a demissão de 40% do quadro de funcionários.

A reversão nos resultados da AgroGalaxy em 2024 marca uma forte deterioração em relação ao desempenho do ano anterior, quando a empresa ainda registrava lucro no último trimestre. 

O prejuízo de R$ 292,4 milhões nos três últimos meses do ano contrasta com o lucro ajustado de R$ 107,9 milhões no mesmo período de 2023, e o Ebitda, que já foi positivo em R$ 281,7 milhões, passou para o campo negativo. 

O cenário reforça os desafios enfrentados pelo setor de insumos agrícolas, que sofre com a queda na demanda e margens pressionadas ao longo da cadeia.

AgroGalaxy (AGXY3) avança na recuperação judicial

O plano de recuperação judicial da AgroGalaxy (AGXY3) foi aprovado por 82,4% dos credores em assembleia realizada no dia 10 de abril.

A homologação judicial do plano deve ocorrer nos próximos 30 dias. Com a aprovação, a empresa anunciou que, após a homologação, focará em fortalecer sua carteira de clientes, melhorar a eficiência na cobrança e expandir suas operações para regiões com menor risco climático.

Além disso, no primeiro trimestre de 2025, a AgroGalaxy tomou a decisão de agrupamento de ações para atender aos requisitos da B3, que exige que as ações tenham preço mínimo de R$ 1. Essa medida busca garantir maior estabilidade ao mercado secundário das ações da companhia (AGXY3).

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