
O divertido e emocionante musical da Broadway, ‘Uma Babá Quase Perfeita’, apresentado pelo Ministério da Cultura e BB Seguros, já está em cartaz em São Paulo, no Teatro Liberdade, estendendo-se até o dia 11 de maio – e vem conquistando a crítica e o público desde sua estreia.
Com Eduardo Sterblitch no papel-título, o público embarca em uma história que aborda temas atemporais como a importância da família, o papel dos pais na vida dos filhos e a capacidade de mudança e crescimento pessoal.
Com música e letra de Karey e Wayne Kirkpatrick e texto de Karey Kirkpatrick e John O’Farrell, a montagem brasileira, produzida pela Touché Entretenimento, capitaneada por Renata Borges e pela Alchemation, promete conquistar plateias de todas as idades com a mesma magia e humor do filme original, baseado no romance ‘Alias Madame Doubtfire’, escrito por Anne Fine em 1987.

Após o sucesso nos cinemas em 1993, com atuação do saudoso Robin Williams, a história foi adaptada para os palcos em 2019 e chegou à Broadway em 2021, conquistando indicações aos prêmios Tony, Drama Desk e Outer Critics Circle. O espetáculo, que também passou por Londres e realizou uma turnê norte-americana, narra a comovente e divertida história de Daniel Hillard, um pai que, após um divórcio difícil, se disfarça como a adorável e excêntrica babá britânica, a Sra. Doubtfire, para poder ficar mais próximo de seus filhos.
Apesar da atmosfera de encantamento e diversão que envolve essa superprodução deslumbrante, com números musicais enérgicos, cenários grandiosos, efeitos especiais, trocas rápidas de menos de um minuto e dezenas de figurinos, há uma expectativa que traz à tona reflexões mais profundas sobre o verdadeiro significado de estar presente na vida de outra pessoa, além da ressignificação do amor e das relações, e do uso do humor como forma de lidar com questões emocionais.

Além de Sterblitch, o espetacular elenco conta com ninguém menos que a atriz Gabriella Di Grecco, que interpreta Lydia, a filha mais velha de Daniel e Miranda (Thais Piza), entrando em conflito tanto com a personalidade demasiadamente jocosa e desprocupada do pai e com a preocupada e super-zelosa mãe.
Recentemente, tivemos a oportunidade de entrevistar a performer, que nos contou um pouco sobre sua preparação para o papel e como foi integrar essa nova versão da clássica história.
Confira:

Como foi participar de um musical inspirado em um dos filmes mais adorados das últimas décadas?
Acho que não tem uma pessoa que não acompanhou e adorou esse clássico nos anos 90. Foi exatamente o meu caso! Assisti muito a esse filme na minha infância e esse gostinho da minha criança interior vai para o palco. Esse mesmo gostinho também me ajudou muito na construção de personagem da Lydia.
Você trouxe referências de outras atrizes que interpretaram Lydia lá fora? Ou teve liberdade de criação para construir sua própria personagem?
Por se tratar de um musical da Broadway, tem algumas orientações que temos que seguir. Apesar disso, me deram muita liberdade para a construção da personagem durante o período de ensaios e aprimoramento dessa construção durante a temporada. Nesse sentido, fiz um trabalho de bater bola com o nosso diretor, Tadeu Aguiar, e o nosso diretor residente, Marcelo Velasques. No musical, tenho muitas cenas com o Sterblitch (que faz o pai da minha personagem; logo, a Babá). Ele é um ator que gosta de jogar, brincar e surpreender em cena. Sou uma atriz que tem essa mesma essência. Por ser um musical de comédia, eu me permiti construir uma Lydia mais engraçada e com a ousadia típica da adolescência, como se ela tivesse puxado o senso de humor do pai, mas o senso de responsabilidade e a maturidade da mãe. Essa escolha tem sido muito interessante. O público tem se divertido bastante.

Houve muitos momentos de improviso durante os ensaios e as apresentações? Eduardo Sterblitch fez você quebrar a personagem em algum momento?
Sim! Isso é bastante comum quando se joga com o Sterblitch. Na verdade, a gente se quebra! Eu também não deixo barato!
Sobre quais projetos futuros você pode falar? Há algum musical do qual você gostaria de participar?
Sobre projetos futuros, posso adiantar que continuarei expandindo meu caminho como educadora e comunicadora. Em breve venho com novidades consistentes e acho que o público vai amar!

Já teve vontade de criar um musical ou adaptar algum musical da Broadway para o Brasil?
Sim. Tenho dois favoritos nessa lista: “Pippin” e “Ride The Cyclone”.
Que dicas você pode dar para alguém que gostaria de ingressar no cenário do teatro musical?
Muita disciplina com os estudos, paciência com os nãos que levamos no meio do caminho e muita consciência de classe, não só entre atores, mas com todos os profissionais que compõem o nosso setor.
