O diretor do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller afirmou nesta segunda-feira, 14, que pode apoiar uma antecipação dos cortes de juros e até uma extensão maior da flexibilização monetária, se houver uma recessão nos Estados Unidos. “Com uma economia em rápida desaceleração, mesmo que a inflação continue bem acima da meta de 2%, espero que o risco de recessão supere o risco de uma escalada da inflação” disse, em discurso preparado para evento da Sociedade de Analistas Financeiros Certificados de St. Louis.
O que determinará o caminho a ser seguido pelo Fed será a finalização das negociações sobre as tarifas, apontou Waller, acrescentando que somente assim será possível calcular os impactos sobre a inflação e a economia.
O dirigente trabalha com dois cenários. No “bom”, o seu cenário base, as tarifas sobre bens importados serão de 10%, em uma média geral, com efeitos temporários sobre a taxa anual inflação de gastos com consumo (PCE), que atingiria pico de 3% este ano antes de retomar a trajetória de queda rumo à meta de 2%. No outro, as tarifas seriam de 25% e poderiam disparar o núcleo do PCE a 5% nos próximos meses, também em base anual.
Em ambos os cenários, os efeitos sobre emprego e atividade econômica serão mais duradouros, pontuou Waller, com diferença apenas na magnitude, que definirá se a economia passará por recessão ou não. Sem a materialização de uma contração da economia, o diretor defendeu que o BC americano pode “ter paciência ao reduzir as taxas”, oferecendo uma resposta mais “limitada” da política monetária e começando cortes de juros apenas no segundo semestre de 2025.
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