
O presidente Donald Trump comentou a decisão da China de restringir a importação de filmes americanos em meio a tensões comerciais crescentes entre os dois países.
Segundo o portal Deadline, durante uma reunião de gabinete na quinta-feira, Trump minimizou a medida chinesa com a declaração: “Já ouvi coisa pior”, provocando risos entre os secretários presentes.
O anúncio da Administração de Cinema da China, confirmando rumores que circulavam durante a semana, indica uma redução no número de filmes estrangeiros permitidos no país, em um contexto de aumento mútuo de tarifas entre Estados Unidos e China.
Em comunicado, a Administração de Cinema da China afirmou que “a atitude equivocada do governo dos EUA ao abusar das tarifas contra a China inevitavelmente reduzirá ainda mais a receptividade do público chinês aos filmes americanos”.
A nota prossegue, declarando que o órgão seguirá “as regras do mercado, respeitará a escolha do público e reduzirá moderadamente o número de filmes americanos importados”.
A aparente indiferença de Trump pode estar relacionada ao seu histórico de desdém por muitos integrantes da indústria cinematográfica, que tradicionalmente apoiam seus rivais democratas.
Em seu primeiro mandato, Trump nomeou três apoiadores da indústria – Mel Gibson, Sylvester Stallone e Jon Voight – como seus “embaixadores especiais para Hollywood”, com o objetivo declarado de revitalizar o setor de entretenimento, que, segundo ele, havia “perdido muitos negócios nos últimos quatro anos para países estrangeiros”, buscando trazê-lo de volta “MAIOR, MELHOR E MAIS FORTE DO QUE NUNCA!”
Atualmente, a China mantém uma cota de 34 filmes estrangeiros por ano, com um sistema de divisão de receitas.