
A qualidade de vida é um critério crucial para a escolha de uma moradia, e um estudo trouxe à tona as cidades brasileiras com os piores resultados nesse quesito.
O Índice de Progresso Social (IPS), desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi a base para essa análise, ao avaliar a qualidade de vida e o desempenho socioambiental.
Qual a cidade brasileira tem a pior qualidade de vida?
Entre os destaques negativos está Uiramutã, em Roraima, município que se destacou de forma preocupante por apresentar o pior desempenho registrado pelo IPS e revelar uma realidade de desafios significativos.
Com uma população de apenas 13 mil habitantes, a cidade nortista sofre com problemas estruturais e sociais.
Cidade de Uiramutã, em Roraima, faz divisa com a Guiana e a Venezuela – Imagem: Wikipédia
A localização no extremo norte de Roraima, próxima à Venezuela, não impede que Uiramutã enfrente dificuldades severas. A renda per capita é uma das mais baixas do país, cerca de R$ 10,5 mil por ano em 2021, o que fortalece a desigualdade social.
Além disso, a cidade lida com deficiências em serviços essenciais, infraestrutura precária e educação de qualidade inadequada.
Os habitantes de Uiramutã ainda enfrentam a escassez de serviços básicos, como iluminação pública insuficiente e coleta de lixo ineficaz. A educação também sofre com a falta de recursos e condições, o que gera um ambiente de aprendizado prejudicado para as crianças e poucas oportunidades para elas no futuro.
Belezas naturais e potencial turístico
Apesar dos problemas sociais que enfrenta, Uiramutã é agraciada com uma paisagem natural impressionante.
Cachoeiras e uma rica biodiversidade proporcionam um potencial turístico ainda não explorado, um contraste entre a beleza natural e as dificuldades enfrentadas pelos moradores.
Reflexo em outras cidades
A situação de Uiramutã não é isolada, pois outras localidades de Roraima, como Alto Alegre, Bonfim e Amajari, também apresentam índices baixos no IPS. Tal cenário reflete as adversidades da região e exige atenção e investimentos para reverter a realidade vivida pelas comunidades locais.
Em contrapartida, cidades como Brasília, Curitiba, Goiânia e Belo Horizonte ostentam elevados índices de qualidade de vida. Elas servem de modelo de que, com investimentos apropriados em infraestrutura e serviços, é possível garantir uma vida digna para todos os cidadãos.
Embora Uiramutã tenha de lidar com uma dura realidade, sua situação deve servir como um alerta para o Brasil. É imperativo focar em regiões necessitadas, a fim de promover igualdade e condições mínimas de vida para todos os brasileiros, independentemente de sua localização.
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