Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a posição do Brasil no contexto econômico e de comércio exterior atual é relativamente confortável, mesmo considerando o tarifaço do presidente americano, Donald Trump.
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“O Brasil num quadro geral, está bem. O Brasil não tem dívida externa, tem reservas cambiais, tem saldo comercial robusto, Brasil tá colhendo a super safra, crescendo mesmo com Selic de mais de 14%. Os graus de liberdade que as autoridades econômicas tem no Brasil não são comuns. Não é o caso de nenhum país latino-americano, por exemplo, nem o México”, disse Haddad, durante o Brazil Investment Forum, evento do Bradesco BBI, nesta terça-feira, 8.
“Então sim, a resposta é que relativamente, nesse incêndio, estamos mais próximos da porta de saída do que os nossos pares”, completou.
O ministro ainda frisou o momento de incertezas e de que o Brasil deve manter uma postura ‘prudente’ perante o tarifaço de Trump, que tem ganhado escala nos últimos dias.
“A pior coisa que o Brasil pode fazer nesse momento é sair a campo sem a prudência que sempre tivemos”, declarou.
Segundo o ministro, o momento não é de dar respostas, mas de ‘tentar ver se a poeira baixa’.
Citando a posição que considera confortável do Brasil no contexto atual, Haddad disse que a compreensão é de que os produtos que entram na regra de tarifa mínima do governo americano – de 10% – poderão ficar mais baratos frente aos concorrentes.
Solavanco é forte demais, diz Haddad
Sobre os movimentos recentes da política comercial dos EUA, Haddad reiterou que vê as atitudes como ‘bruscas’ e de que, em reuniões internas, Lula classificou a postura como ‘um cavalo de pau com um transatlântico’.
“Quando se faz um movimento brusco… o desarranjo que isso vai provocar nós ainda não temos condições de prever. É um solavanco forte demais para não ter consequências sobre produtividade e crescimento da economia”, disse Haddad.
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