
Com o sucesso da minissérie Adolescência, da Netflix, o debate sobre os riscos do ambiente digital entre jovens ganhou ainda mais força. A trama gira em torno de um adolescente de 13 anos, envolvido em um crime, e tem como pano de fundo o uso de redes sociais.
A repercussão reacendeu alertas sobre mensagens codificadas que circulam entre adolescentes na internet.
Em Portugal, a Polícia de Segurança Pública (PSP) emitiu um comunicado especialmente voltado aos pais. O foco foi o uso de emojis com significados ocultos, entre eles, ícones associados ao tráfico ou consumo de drogas.
A iniciativa da corporação visa ampliar o entendimento sobre como símbolos aparentemente inofensivos podem esconder mensagens perigosas.
Emojis que vão além da aparência
Segundo a PSP, emojis como folhas, cristais, diamantes ou cogumelos são frequentemente usados em conversas para representar drogas como cannabis, cocaína, anfetaminas e outras substâncias.
Embora os símbolos pareçam inofensivos, ganham novos sentidos quando usados em contextos específicos, como fóruns, grupos de conversa e até plataformas de jogos online.
Além disso, a polícia alerta que essa linguagem vem sendo utilizada de forma discreta por traficantes e usuários. Emojis como o de bala, foguete, doce ou carrinho de compras, por exemplo, podem estar associados à comercialização de entorpecentes.
A recomendação é que pais e responsáveis observem os padrões de conversa e estejam abertos ao diálogo com os filhos.

Uma atuação preventiva
A PSP reconhece que o uso de emojis com essa conotação ainda é pouco comum no ambiente escolar, mas reforça a necessidade de uma abordagem preventiva.
“Apesar desta realidade ser (ainda) pouco comum entre a comunidade escolar, a PSP está atenta a este fenômeno, atuando preventivamente”, afirma o comunicado divulgado na segunda-feira (24).
Além disso, a iniciativa destaca a importância do diálogo entre pais, responsáveis e adolescentes. Embora o alerta tenha partido de autoridades portuguesas, muitos dos símbolos e códigos mencionados são usados também por jovens no Brasil.
Por isso, acompanhar de perto o comportamento digital torna-se uma medida relevante também no contexto nacional.

É importante notar que a ideia não é criar pânico, mas promover uma conscientização sobre os riscos que podem estar por trás de interações aparentemente simples.
O vocabulário digital se transforma o tempo todo — e, muitas vezes, sem que os adultos percebam. Entender esse universo pode ser o primeiro passo para proteger os jovens de situações perigosas.
*Com informações de ARede.
O post Série da Netflix reacende alerta: emojis comuns podem ter sentidos perigosos apareceu primeiro em Capitalist.