
A Apple parece ter se livrado (pelo menos por enquanto) de algumas das várias acusações feitas contra ela pelo Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (National Labor Relations Board, ou NLRB) dos Estados Unidos, as quais foram apresentadas no final do ano passado.
Segundo informações do Financial Times, o órgão regulador trabalhista suspendeu dois casos em andamento contra a Maçã — poucos dias após o presidente americano Donald Trump nomear uma advogada que representa a empresa como a principal funcionária legal do NLRB.
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Trata-se de Crystal Carey, especialista em representações envolvendo disputas trabalhistas. Sócia da empresa Morgan Lewis & Bockius, ela atuou na defesa da Apple em ambos os casos que foram suspensos e também já representou a SpaceX e Amazon contra a agência.
Os casos suspensos dizem respeito a queixas formais apresentadas há alguns anos por ex-funcionárias da empresa, como Cher Scarlett e Janneke Parrish, duas das representantes do movimento #AppleToo
, fundado em 2021 para denunciar supostas práticas abusivas na Maçã.
Atendendo a essas (e a outras) queixas, no ano passado o NLRB acusou formalmente a Maçã de violar leis trabalhistas, dando início a casos relacionados a práticas como a repressão ao uso de plataformas sociais por funcionários, bem como a dissuasão de debates sobre equidade salarial.
Procurados pelo jornal, a Apple e o NLRB recusaram comentar a suspensão dos casos, enquanto a Morgan Lewis & Bockius e o governo federal dos EUA não responderam aos pedidos de comentários.